sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Só para recordar

Os vereadores verdes na época, só para lembrar, aprovaram as emendas ao Plano Diretor da Cidade que, vetadas pelo prefeito, levaram àquela derrubada negociada a peso de ouro pelo mercado imobiliário brasileiro. Depois, com a repercussão negativa e uma interferência direta da direção nacional do partido - os jornais noticiaram que até Gabeira pressionou a borboleta -, a prefeita eleita recomendou a aprovação do veto pela bancada. Só Edivan aprovou o veto, modificando o voto inicial. Por isso, se tornou líder do prefeito, função que exerce até hoje. E a borboleta procurou faturar com isso, como mostra a gravação de telefone autorizado pela justiça, publicado em diversos locais, como Youtube e site do Ministério Público. A borboleta proibiu a reprodução e exibição da gravação - que, a meu ver, não tinha nada demais.

Mineiro federal

Hoje me garantiram que Mineiro será candidato a deputado federal. Nunca o ouvi falar nada disso, mas considero que deve ser um ganho para a Câmara e uma perda na Assembléia.

Anos atrás, com um deputado verde na AL, foi aprovado um projeto pernicioso ao meio ambiente do estado, que, em nome da carcinicultura, destruiria as áreas de mangue do Estado. O projeto foi aprovado, em uma Assembléia intinerante, com apenas um voto contra. Não, não foi do deputado verde, mas foi de Mineiro.

Fim de governo?

Mais cedo ou mais tarde, me garantem fontes, a borboleta deixará o PV. Mas não restam dúvidas de que ela não terminará o mandato. Não só porque poderá tentar vôos mais altos e diferentes, mas porque, acreditem, pode se tornar impossível ir à frente da forma como ela está montando a estrutura de governo.

Leonardo Nogueira

Defenderam o nome de Leonardo Nogueira para a Saúde do município de Natal. Seria o caso de um nepotismo cruzado. Mas esse não é o maior problema do nome. O problema é o argumento de defesa: ele é médico e defende os interesses dos médicos!

Saúde pública se constrói, como qualquer política pública, a partir da interação multidisciplinar de atividades e processos de diversas ordens e, principalmente, diversos profissionais de saúde. Uma visão de saúde pública não defende os interesses dos médicos, mas sim os interesses do público. E o público precisa do médico, mas também dos terapeutas (fisio, fono, TO, etc.), assistentes sociais. Precisa de políticas públicas e modelos de gestão adequados.

A borboleta ainda não acertou em nada. Além de tudo escolheu para principais assessores sujeitos acostumados a fazer a política do desvio de verbas, caso dos demos, dos enildos, dos olegários.

Por falar no ex-vereador, fiquei sabendo, estarrecido, que, além de tudo, o sujeito costumava agredir - senão fisicamente, mas moralmente - sua esposa. Uma vizinha nos contou tudo. Uma pena que a Lei Maria da Penha ainda não havia sido aprovada e nem a esposa denunciou o marido político.

Desqualificação

A desqualificação continua.

Critiquei Aluízio Alves, principalmente por ter sido o principal apoiador do golpe militar de 64 como governador do RN. Isso no Orkut. Mas para ser justo, informei que ele e Agnelo foram os únicos que deram emprego a meu pai quando ele retornou do exílio.
Aí, um dos apoiadores internéticos da borboleta, seu primo, me disse que eu não tinha moral para criticar os apoiadores da ditadura porque minha avaliação se fundamentava em conveniências pessoais e familiares. Distorção total de minhas palavras. Ou o leitor não leu direito o que eu havia escrito, ou foi maldoso em procurar a distorção de minhas palavras.

Desculpas

Peço desculpas pela ausência, mas muito trabalho durante todo o dia me afastaram da possibilidade de postar novidades nesta sexta-feira

Tirso

Por falar em Impacto, o TJ negou habeas corpus ao meu leitor, o futuro ex-vereador Renato Dantas, que pedia para ser retirado do grupo de réus do processo da Operação Impacto. Obviamente, o judiciário estadual não aceitou a jogada e Dantas continua réu do processo.

Em resposta

Em resposta à campanha difamatória do Jornal de Hoje e dos vereadores envolvidos na Operação Impacto, a OAB emitiu uma nota de desagravo a Ricardo Wagner, vice-presidente da entidade:

NOTA OFICIAL

O Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Rio Grande do Norte, em sua sessão plenária do dia 30 de outubro do ano em curso, levando em consideração os pronunciamentos feitos publicamente pelos vereadores Renato Dantas, Salatiel de Souza, Adão Eridan e Júlio Protásio, da Câmara Municipal do Natal, a propósito da posição da Seccional desestimulando a escolha de edis envolvidos na “Operação Impacto” para a composição da Mesa Diretora e Comissão de Ética para a próxima legislatura, por unanimidade, vem hipotecar irrestrita solidariedade ao Conselheiro Ricardo Wagner Alcântara injustamente criticado sob a alegação de tomar posição de ordem pessoal no caso, quando a sua postura acompanhou o posicionamento do Colegiado, usando das prerrogativas que lhe confere o art. 44, do Estatuto da Advocacia e da OAB, que teve respaldo, ainda, na adesão dos demais órgãos integrantes do MARCCO, o que faz em forma de DESAGRAVO PÚBLICO, a teor do que prescreve o art. 18, §5º, do Regulamento Geral.

PAULO EDUARDO PINHEIRO TEIXEIRA

Presidente do Conselho da OAB/RN


O Jornal de Hoje e os vereadores impactados passaram as últimas semanas tentando desqualificar o trabalho do MARCCO e, principalmente, de Ricardo Wagner. A velha tática. Desqualificar, para gritar mais alto.

Sobre a saúde

Antes de ir ver as iniciativas demo-tucanas de Sampa e Mossoró, a prefeita devia ir conversar com os técnicos da saúde, lá no nível central, no Ducal. Até onde eu conheço, a visão de gestão pública de quem faz a SMS não deve nada a São Paulo, por exemplo. A gestão em saúde é falha nas pontas por falta de dinheiro e por deficiências infraestruturais, mas não por definição de política pública e visão de gestão. Gestão pública, não de negócios, como parece pensar a borboleta.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Pequenos gestos

Aposto que a prefeita não fica muito tempo no PV. Ou, então, o PV vai trocar o ministério pela prefeitura em Natal.
Reinaldo Azevedo, inimigo declarado do presidente Lula e do PT, encaminhou, via senadora Rosalba Ciarlini (DEM), o seu livro ("O país dos petralhas") para a borboleta. Dedicatória: "Venceremos".
Definitivamente, acabou a hipocrisia e a esquizofrenia da borboleta. Reuniões com Kassab, Serra e Aloysio Nunes Ferreira. Livro de Azevedo. Apoio demoníaco na eleição. Eu, sendo o presidente Lula, chamaria o PV para uma conversa. A definição de lado. O partido não pode morder e assobrar o presidente da República, participar de seu Conselho Político, ter uma pasta no Planalto e, ao mesmo, ter uma estrela como a borboleta, circulando apenas e somente no campo da oposição.
Pelo menos, aquilo de dizer de manhã o que negava a tarde, parece, acabou. A borboleta vai de demos e tucanos. Sempre e até 2010. Talvez só não mude de partido agora, como fez em 2004 - antes de tomar posse - senão nem toma posse.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O cravo e a Rosa

Acho que a chance de Carlos Eduardo de continuar no páreo para o governo em 2010 é assumir a Secretaria de Interior, Justiça e Cidadania. Leonardo, que é um homem honrado e da confiança da governadora, assumiria a chefia do gabinete civil.
Era isso que eu faria se fosse Vilma e quisesse preservar a chance de Carlos Eduardo ser governador.

O certo é que Rosalba sabe que diminuem suas chances se estiver em um palanque da oposição. E Zé Agripino não se esforçará muito por sua candidatura. Está preocupado com o próprio mandato, porque, independente da configuração, a briga entre Garibaldi, Jajá e Vilma vai ser mortal pelas duas vagas no Senado.

Outro fato: se, por acaso, PT, PMDB e PSB se coligarem na chapa proporcional em 2010, o DEM corre o risco de não eleger deputados federais, porque cada partido tem um forte puxador de votos: Fátima, Henrique e Márcia. Hoje o DEM tem dois federais e, nessa configuração, no mínimo perde mais um. Sem contar com o papel importante do PR e do PMN em 2010. Se sairem coligados PR e PMN, aí é que a coisa fica feia para o Democratas. Imagine aí uma chapa capitaneada por Henrique, Fátima e Márcia. Do outro lado, Fábio Faria e João Maia. O que sobra para Felipe e Betinho? Muito pouco.
Por isso, acho que a preocupação principal do DEM não é a eleição de Rosalba. Dizem que ela sabe disso. Assim, espera a janela que deve ser aberta ano que vem para passar para o PMDB. Aí, tentaria ser governadora numa chapa governista. Talvez, até, numa chapa com Carlos Eduardo.

Problemas?

A tomar em consideração o que dizem Ailton Medeiros e Jean Valério, há sinal de fogo na relação entre a borboleta e o chefe. Terá sido causado pela questão envolvendo a (auto?) nomeação de Augusto Viveiros?

Mas dizem os jornais que o chefe disponibilizará carro e motorista para a prefeita eleita em Brasília. Pagos com nossos impostos. Eu, que vou a Brasília dia 14, vou querer a carona do senador também. Como faço para conseguir?

Saída

O prefeito reagiu ao ladrão sugerindo que o doutor deixasse o partido, se está insatisfeito.

Por falar nisso, o bispo-cantor da Universal, Francisco de Assis, assumiu a postura: há governo? Sou a favor. Disse que, tendo votado em Fátima, não fará oposição à borboleta.

Perdedor?

Adão Eridan, enrolado com a Operação Impacto, está certo em afirmar a derrota de Carlos Eduardo no pleito deste ano e errado, por prematuro, em afirmar que o prefeito deve soterrar a intenção de ser governador em 2010. Afinal, Carlos Eduardo ainda lidera ou aparece em segundo nas pesquisas de intenção de votos. A tentativa de Adão Eridan parece com aquelas promovidas pela oposição a Lula em 2005, quando decretavam que o presidente era carta fora do baralho na eleição em 2006. No entanto...

Para não dizer que é uma opinião pessoal

Esse quadro veio do Estadão, jornal mais anti-Lula do país:



O período de poder do presidente Luiz Inácio Lula da Silva representou uma desidratação municipal dos partidos de oposição. Em relação ao mapa eleitoral municipal de 2000, quando o tucano Fernando Henrique Cardoso ainda era o presidente, PSDB, DEM e PPS, atualmente as principais legendas da oposição, já encolheram em 910 prefeituras. A maior redução aconteceu com o DEM, que deve comandar a partir do próximo ano 532 cidades a menos do que fazia em 2000, quando ainda se chamava PFL.
Esses números apontam claramente a volatilidade da política nacional, onde grande parte dos políticos se alia automaticamente aos principais núcleos de poder do País, independentemente de ideologia.
Assim, o PMDB, que se manteve na base de sustentação do governo federal durante as gestões de Fernando Henrique e de Lula, conseguiu preservar nos últimos anos sua condição de partido com o maior número de prefeituras. Enquanto era aliado de Fernando Henrique em 2000, os peemedebistas conquistaram a gestão de 1.257 cidades.
Na eleição seguinte, em 2004, houve uma queda por conta da demora do partido em aderir completamente ao novo governo petista. O PMDB perdeu 200 prefeituras, mas mesmo assim ainda venceu em 1.057 cidades. Agora, completamente afinado com o governo Lula, o partido voltou a se fortalecer, com vitórias em 1.203 municípios.

DECLÍNIO
Para a oposição, ao contrário, o afastamento do Palácio do Planalto significou a redução de sua capilaridade municipal. Em 2000, quando ocupava a Vice-Presidência da República e era o segundo partido mais forte do governo Fernando Henrique, o então PFL ganhou em 1.028 cidades. Quatro anos depois, caiu para 790. Desde então, já com o nome novo e um discurso muito forte de oposição ao governo federal, a queda foi mais drástica ainda, com a vitória em apenas 496 cidades, embora tenha vencido em São Paulo - a maior de todas. Um desempenho pior, por exemplo, que o modesto e governista PP, que ganhou em 549 municípios.
O comando nacional do DEM atribui também essa queda à suposta cooptação feita pelo governo federal sobre os quadros do partido. Segundo o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), somente a adoção do princípio da fidelidade partidária - que puniu os infiéis com a perda de mandato - foi capaz de frear a sangria nos quadros do partido.
Entre os tucanos, a queda foi menos sensível até por conta dos importantes governos regionais controlados pelo partido, como São Paulo e Minas Gerais, e pela expectativa de poder para a sucessão presidencial de 2010. Afinal, o partido tem hoje nos governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas, Aécio Neves, dois nomes com grande potencial político para disputar a sucessão de Lula. Mesmo assim, os tucanos perderam 204 cidades desde 2000.
PPS
Menor dos três partidos de oposição, o PPS também sentiu na pele os efeitos de ser ou não aliado do governo. Em 2000, tinha 166 prefeituras. Embora tivesse candidato à Presidência em 2002, com Ciro Gomes, sua direção mantinha boa relação com o governo Fernando Henrique.
Com a vitória de Lula, o PPS se juntou à base aliada, ganhando o Ministério da Integração Nacional, entregue justamente a Ciro, e outros cargos importantes. Assim, saltou em 2004 para 306 prefeituras. Mas o PPS rompeu com o governo nesse mesmo ano e Ciro acabou se mudando para o governista PSB. Na oposição, o PPS voltou a encolher, caindo agora para 132 prefeituras.

Bastidores

Uma fonte me escreve para dizer que Olegário disse a gente do Sebrae que ia fazer o pé de meia e outros que vão fazer parte do secretariado da borboleta estão imbuídos desse mesmo próposito: enfiar a mão no dinheiro público.
Da equipe de transição, João Bastos é o testa de ferro de Rogério Marinho. A gente não sabe a quantidade de empresas que Rogério mantém, através de testas de ferro, prestando serviços terceirizados no município, no Estado e até na CODERN. Sei que as empresas terceirizadas na Secretaria de Educação do Município pertencem, de verdade, a Rogério.
A minha fonte também lembra que Kelps Lima, que desistiu de ser candidato a vereador pelo PPS, já que não aceitou a candidatura de Vober, era assessor de Enildo tendo sido envolvido também na Operação Impacto.

Finalizando, minha fonte informa que Rogério e Miguel Weber estão se engalfinhando, já que ninguém quer abrir mão do controle da Urbana, porque é lá que corre mais dinheiro na prefeitura.

Kalazans

Francisca coloca em questão a respeitabilidade de Kalazans. Oportunista? Não sei. Mas faz parte de um grupo que deixou o PT, não por razões ideológicas, mas talvez por considerar que o partido havia morrido em 2005.

Aliás, essa discussão sobre vitória ou derrota do PT ainda não levou em consideração o que aconteceu em 2005 nesse país. Em 2005 foi decretada a morte política do PT da parte da oposição. Lembram de Bonhaussen, o nazista demoníaco, prometendo varrer a raça petista do Brasil? Aí, agora, foram os demos que mais perderam eleitores e cidades. E o PT foi, proporcionalmente, quem mais ganhou eleitores e cidades.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Informações

Informações de Maria das Graças.

Idaísa Fernandes é irmã do marketeiro da borboleta. Regina Mota, de Ximbica, o financiador do JH e suplente de José Agripino. Ximbica é um dos donos da Festa do Boi.

Não surpreende.

Na verdade, eu torcia para que os verdes históricos e os técnicos do partido tivessem mais espaço. Mesmo que Kalazans não seja um verde histórico, tendo saído do PT, ele é uma figura reconhecida na luta ambiental da cidade e do Rio Pitimbu. Mas com tão pouca representatividade, os verdes provarão cada vez mais do veneno da cobra que ajudaram a criar, pensando ser um outro animal mais manso - uma borboleta.

P.S.: Olegário não se leva a sério desde que avisou que fará o pé-de-meia nos próximos quatro anos.

Equipe de transição

De quatro, a equipe de transição passou a dez componentes:

• Olegário Passos - ex-vereador
• Edson Gutenberg - médico
• Kalazans Bezerra - engenheiro dirigente do CREA
• Roberto Lima - professor
• Augusto Viveiros - coordenador geral da campanha da então candidata Micarla de Sousa
• Idaísa Fernandes - advogada e procuradora do município
• João Bastos - coordenador de mobilização da campanha da então candidata do PV
• Marcos Valério - integrante do Partido Verde
• Regina Mota - irmã do deputado estadual Ricardo Mota
• Kelps Lima - advogado.

Só gostei de ver um nome aí: Kalazans Bezerra.

Em tempo

A realidade de Natal é parecida, bem parecida, com a realidade do estado de São Paulo.

Hãnhnnn... não entendi...

Anna Ruth nos diz, sobre a equipe de transição da borboleta, que o primeiro compromisso (...)será em São Paulo, onde será promovida uma reunião com técnicos da Secretaria de Planejamento e Finanças da administração de José Serra.

Estou tentando, mas ainda não consigo entender, por qual razão, antes de conversar com a equipe de Carlos Eduardo, esse povo vai a Sampa falar com a equipe de Serra.

Transição

Sai hoje, finalmente, e depois de anúncios e desmentidos sobre secretários, a equipe de transição da borboleta. Comandada pelo homem da Destaque, Paulinho Freire.
Os verdes pediram ontem para coordenar a transição. Eles ainda não entenderam que são coadjuvantes do chefe e dos demais padrinhos da prefeita.

Marinho

Ele disse que não vai se desfiliar. Para não perder o mandato.
Mas se virar secretário de educação, o problema se resolve parcialmente.

Economista?

E Marcos Aurélio não assina sua coluna como jornalista, mas como economista? Sempre foi assim? Desde quando ele, graças a Deus, reconheceu não ser jornalista?

Coisa engraçada

Tem um debatedor na comunidade do Orkut, certamente meu leitor aqui, que gosta do debate de verdade. Ele realmente discute as questões que são postas. Mas é engraçado que quando falei sobre meu pai ter sido torturado e preso político, enquanto seus líderes políticos e familiares cresceram no centro da ditadura, e quando expus categoricamente os motivos de nossa discussão sobre os Jornais de Hoje, ele fugiu do debate. Talvez porque sabe não haver argumentos contra fatos inequívocos: 1) José Agripino, padrinho da borboleta, e Carlos Alberto de Sousa, pai da borboleta, foram políticos de sustentação do regime ditatorial militar. Um foi até prefeito biônico e o outro foi relator de uma CPI criada para (não) investigar o atentado do Riocentro e, em troca, ganhou a concessão da tevê que ajudou a eleger a filha prefeita. 2) Os JH, está mais que provado, ao contrário da postura arrogante de defesa do indefesável de seu dono, Marcos Aurélio, foi parcial na cobertura da eleição - querendo, ao mesmo tempo, posar de imparcial e equilibrado.
A direita até gosta de debater, desde que não tenha que dar o braço a torcer. Quando vê que isso terá de acontecer, ou desqualifica o oponente no debate (chamando de petista - e isso é uma desqualificação? -, de sem moral, de delinquente), ou foge do debate com quaisquer desculpas (não estava vivo no momento da ditadura).

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

De novo do Orkut

O debate no Orkut é aquele de sempre: desqualifica-se o adversário, sem discutir suas idéias e posições expostas.

O ladrão e o prefeito

O sujeito que usurpou R$ 2 milhões de reais da saúde do município disse que vai representar contra o prefeito no Conselho de Ética do PSB municipal. Ameaça expulsá-lo se Carlos Eduardo não pedir antes para sair. Porque o prefeito, entre outros crimes, apoiou candidatos de outros partidos na disputa da Câmara (!). E o ladrão que junto a outros comparsas, como o chefe da quadrilha, trabalharam abertamente para a borboleta, enquanto o PSB apoiava Fátima?
Imagine o insólito: o homem desaparece com R$ 2 milhões de reais, é denunciado na Operação Impacto, pede votos para candidata diferente da do partido, e vai acusar a ética do prefeito. Porque ele foi o causador da briga entre Rogério Marinho e a governadora...


Brincadeira...

Estava pensando

Apenas uma conjectura. Mas uma aliança PMDB, PSB e PT na chapa proporcional em 2010 arrassaria com os demos. Afinal, cada um dos partidos partiria com pelo menos um candidato a deputado federal bom puxador de votos (Henrique, Márcia e Fátima). Talvez aí resida o medo dos demos e o fato explique as tentativas, na imprensa, de se recompor a aliança de 2006 entre PMDB e demos.

Educação

Servidores da educação, se preparem. Rogério Marinho vem aí, sedento por vingança.

Talvez isso ajude a resolver sua mudança de partido, uma vez que cederia a vaga na Câmara Federal naturalmente ao primeiro suplente.

Garibaldi contraria Rosalba

Em entrevista a Diógenes Dantas, Garibaldi foi simples e direto:

Se a eleição fosse hoje, eu preferia Vilma, deixando claro que prefere aliar-se à governadora que ao senador José Agripino.

O chefe da quadrilha

Segundo o Jornal de Hoje, o chefe da quadrilha vai ser reeleito presidente da Câmara, contando inclusive com o voto da novata Júlia Arruda. O que 50 mil reais não fazem, não é?

Admiráveis federais

Admiráveis deputados federais nós temos! Olha só a qualificação política de alguns de nossos representantes na Câmara Federal:

Promessa
E por falar em Fábio Faria ele avisou. Fez uma promessa aos amigos - incluindo o deputado Felipe Maia: vai ficar solteiríssimo até o Carnaval.
*
"Solteiro como?", perguntou Simone Silva. "Ficar pode", respondeu Fábio, que, aliás, confirmou que "deu uns beijos" em Gisele Itié quando a moça esteve recentemente num evento aqui em Natal.


Em Danielle Freire.

Sobre a verticalização

Gustavo, não quis parecer desinformado. Sei da decisão. Mas me parece que todo mundo ainda pensa em verticalização porque ela pode voltar de alguma maneira. Só estará certo isso no fim de 2009 e início de 2010.
De todo modo, é cedo para definir as alianças em 2010. Se o PMDB, nacionalmente, se aliar ao PT, acho difícil Garibaldi se aventurar num vôo com os demos. Aliás, até Rosalba, dizem, quer se aproveitar de uma brecha a ser aberta por Henrique no ano que vem, para trocar as hostes demoníacas e aterrisar no pátio bacurau. Afinal, ela não quer ser candidata a governo longe de Lula.
Se a verticalização voltar, como parecem esperar muitos, a argumentação abaixo se mantém válida. Se não, algumas coisas mudam, mas não muitas.
Lula mirou José Agripino. Por isso é virtualmente impossível algum político próximo ao presidente (os petistas, vilmistas e bacurais) se arriscarem ao vôo com Jajá.
Ainda tem uma outra coisa nessa disputa de 2010. A imprensa teima por considerar que Carlos Eduardo já morreu politicamente, ainda não tendo terminado seu mandato. Esquecem que, a depender da pesquisa, ele ainda é líder na intenção de votos para 2010, batendo ou brigando, voto a voto, com Rosalba. Dependendo do caminho a ser tomado em 2009, Carlos Eduardo ainda será bom para briga pelo governo em 2010. Querem reduzí-lo a uma vaga na Câmara, mas acho que o prefeito pavimentou um bom caminho até a governadoria. Para o apoio de Vilma, atravessam seu caminho Iberê e Robinson. Mas como Iberê é hoje o mais entusiasmado defensor da continuidade da aliança em Natal para o governo, acho que o problema não deve ser tão sério.
Sobre os bacurais participando do governo Vilma, tudo anda muito nebuloso. De início, somente José Dias se colocava contra entre a bancada estadual do partido. Agora Waltinho falou contra também. Mas deve haver bastantes políticos pemedebistas defendendo esta aliança administrativa. Tudo depende da caneta da governadora. Aliás, até Henrique já apareceu como possível candidato ao governo com o apoio de Wilma. Desse jeito, haverá mais candidatos que partidos disponíveis em 2010.

P.S.: Parece que PSDB já disse não à mudança do seresteiro para o PV. Vão brigar pela vaga na Assembléia se isso acontecer. Mas o problema é que o suplente do seresteiro é do PV. E agora?

P.P.S.: Alguém começou a responder que Vilma e o PSB vão brigar pela vaga de Rogério Marinho, se ele trocar os socialistas pelos tucanos.

Base de apoio a Lula vai governar 72% do eleitorado brasileiro

A base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai governar 93,5 milhões de eleitores nos municípios em todo o país. A fatia representa 72,5% do eleitorado brasileiro. A oposição ficou com 35,4 milhões de pessoas. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), 128,9 milhões estavam aptos a votar no pleito deste ano.

O PMDB 'puxa' a base e irá governar 28,8 milhões de eleitores no país

A base de apoio a Lula no Congresso Nacional reúne uma legião de 16 partidos. São: PT, PMDB, PSB, PDT, PC do B, PRB, PR, PP, PTB, PV, PSC, PMN, PHS, PT do B, PTC e PRTB. A oposição é formada por PSDB, DEM, PPS e PSOL, que faz uma crítica de "esquerda" ao governo.

O bom desempenho da base governista foi "puxado", sobretudo, por PMDB e PT, os dois primeiros colocados no ranking. Juntas, as duas siglas ficaram com 48,8 milhões de eleitores - PMDB com 28,8 milhões e o PT, 19,9 milhões. Em terceiro lugar aparece o PSDB, que se consolida como a principal força da oposição, com 17,5 milhões de eleitores. O DEM vem a seguir: 15,9 milhões.

Ameaças

A discussão sobre o Caçador de Borboletas no Orkut está transbordando para ameaças.
É assim mesmo: quem não sabe discutir, grita mais alto e mais forte para ser ouvido. E bate para calar o adversário.

Confirmado

Efeito Borboleta. Após liderar boa parte da Campanha do Segundo Turno, Gabeira é superado por Eduardo Paes na última semana - justamente quando a borboleta foi bater asas pelo Rio.

Em tempo: se meu título fosse carioca, no segundo turno teria votado em Gabeira. Ele tem uma história política de luta social, diferente da borboleta.

domingo, 26 de outubro de 2008

Efeito Borboleta

Faltam 7 % dos votos serem apurados no Rio e Gabeira, que apareceu à frente durante quase todo o segundo turno, vai perdendo a eleição para Eduardo Paes, depois que a borboleta passou a semana fazendo campanha na capital fluminense. Efeito borboleta.

Pré-análises eleitorais

Uma sugestão da leitora Tetê Bezerra:

Entendo que a disputa pelas prefeituras faz parte de uma luta política maior, mas creio que, para a esquerda brasileira, o que ela conseguiu já está de bom tamanho. Terminado o segundo turno, poderemos fazer análises mais aprofundadas; já se pode afirmar, porém, que os partidos de esquerda cresceram de maneira formidável no primeiro turno. Por outro lado, reportagem publicada hoje pela Folha sinaliza que os partidos de oposição devem perder este ano, mesmo vencendo em SP, mais de 10 milhões de eleitores. O PSDB deverá governar 16 milhões de eleitores a partir de 2009, uma boa queda sobre os 22 milhões de eleitores atuais. Enquanto isso, o eleitorado do PT deve subir de 17,7 milhões hoje para 19,6 milhões em 2009, consolidando-se como o segundo maior partido brasileiro, depois do PMDB. O DEM, que já chegou a governar 25,7 milhões de pessoas em 2004, liderando o ranking dos partidos, deverá iniciar 2009, caso ganhe o pleito em São Paulo, administrando 16,9 milhões de eleitores.

Leia mais aqui.

Do debate no Orkut

Democracia se faz pendendo para um lado sim. Porque para o outro lado outros vão pender. E assim é o jogo da democracia. Todo mundo com liberdade para acusar e se defender, sem ter cerceado o direito de livre expressão.
Nos jornais dessa semana a borboleta informou que estava fazendo um tour para estudar modelos de gestão que poderiam ser adequadas à prefeitura de Natal.
Sobre as suas propostas, jamais vi nenhuma. Sua eleição não foi construída em cima delas, mas em cima do discurso. E do preconceito. Pablo Capistrano foi preciso cirurgicamente quando analisou o discurso da Borboleta de se afirmar Mãe e Mulher, porque essa afirmação sempre fortaleceu o preconceito contra a orientação sexual de Fátima.
Outro ponto discursivo importante foi o batismo da aliança de acordão. Acordão carrega uma carga pejorativa que não houve quem pudesse arrancar. Nisso o JH e as tevês que apoiaram a borboleta foram forte contribuintes. Chegou ao ponto que aquela esquizofrenia eleitoral da Borboleta aumentava ainda mais a confusão. Afinal, ela repetiu tanto que era da base do governo Lula e do governo Vilma que eu e os demais eleitores não conseguíamos entender quando ela se colocava derrotando os poderosos - dos quais dois ela se declarava apoiadora.
Jamais vi nenhuma proposta dela. Compulsivamente procurava no seu site, todos os dias, uma vez que morava em Salvador, qualquer proposta, programa ou projeto de governo. Não havia uma linha que falasse disso. A despolitização do site era tão grande que sua última enquete perguntava o que leitor tinha mais gostado na campanha de Borboleta: Programa na Tevê, Caminhadas, Comícios? E as propostas? Duvido que alguém consiga repetir uma.
A ênfase na estética foi tão grande que o fotógrafo foi J.R.Duran.
Acusou Carlos Eduardo por politizar a escolha dos secretários. Não é verdade. O grande mérito do prefeito foi a escolha de técnicos para o secretariado. Todos com ligações partidárias, é verdade. Mas algo bem diferente do que está sendo noticiado hoje em dia sobre a escolha dos secretários da borboleta.
Por exemplo, Cida França tem toda uma formação acadêmica e profissional em saúde pública. O cotado para ser secretário de saúde do município é um médico mais conhecido pelo seu sucesso como empresário. Mas isso combina com as declarações da prefeita eleita de que a gestão pública tem que ser pensada como a gestão empresarial. Que ledo engano. Os princípios de uma coisa e de outra são fundamental e profundamente diferentes. Mas é claro que Borboleta, com os compromissos assumidos junto aos setores empresariais de Natal e do Brasil, vai imprimir um perfil de gestão afavorante daqueles que Marcos Aurélio já disse defender o interesse. O povo vai ser apenas um detalhe. Afinal esse é o modus operandi da política de José Agripino.
Sobre os demos. Bem, ninguém representa melhor a direita reacionária desse país do que os demos. Ou você vai querer que eu explique porque não posso ser a favor de José Agripino, Jorge Bonhaussen, César Maia ou ACM Neto? Esses fizeram carreira política ou mandando calar ou mandando matar seus adversários. Afinal, são os herdeiros diretos de quem sempre mandou e fez mal ao país, especialmente nos 21 anos de ditadura. A resposta perfeita a Zé Agripino foi dada por Dilma naquele depoimento no Senado, do qual Jajá ainda deve ter vergonha de falar. Enquanto meu pai era torturado pela ditadura apoiada por Carlos Alberto de Sousa e José Agripino, esse povo fez fortuna.
Aliás, a família proprietária do terreno onde funciona a tevê Ponta Negra nunca viu a cor do dinheiro pelo pagamento.
Sobre Marcos Aurélio.
Já disse tudo. Eu não devo nada a Marcos, nem ele me deve nada. A não ser que eu queira cobrar o conteúdo de suas aulas que nunca existiu.
O que pesou contra ele foi que manteve como colunistas gente que estava fazendo a campanha da prefeita eleita. Sabe Rodrigo Levino, por exemplo? Nunca mais havia publicado nada, depois que foi para a campanha de Fátima. Esse é um comportamento ético, que faltou ali.
Mas isso não foi mais importante. O problema de Marcos e do JH é que ele piorou a emenda quando tentou consertar o soneto. A dificuldade original era apoiar uma candidata sem deixar isso explícito em editorial. Sem explicar os seus motivos. Isso nós criticamos no JH e em todos os outros veículos. Que ao menos tiveram um equilíbrio um pouco maior. Morresse aí a história. Mas o JH passou a vender opinião como se fosse notícia. Um delito ético em qualquer país sério do mundo. E isso se agrava porque o seu proprietário é o sujeito que há 33 anos ensina ética aos futuros jornalistas da cidade. Você consegue vê que só isso já é motivo suficiente para as críticas contra Marcos?
No entanto ele ainda piorou a situação fazendo duas coisas. Se defendeu denegrindo a credibilidade dos acusadores, politizando uma questão que não era política - porque estamos discutindo também a ética jornalística na cobertura do Caso Eloá ou de como o JH tratou o estudante Diego morto esta semana pela PM. E se defendeu denegrindo a imagem da UFRN, melhor universidade do nordeste. No debate do Grandes Temas, as posições de Alex Galeno e de Josimey Costa foram de cientistas sociais que ambos são, além de jornalistas. Foram profundas, fundamentadas em pesquisa empírica e teórica. As defesas de Marcos foram baseadas no puro achismo. E as intervenções de Tácito e Sérgio foram adequadas a dois pensantes e críticos jornalistas. Por exemplo: Sérgio quis trazer a discussão sobre ética para outros temas, como os salários. Mas Marcos não queria discutir ética. Queria atacar.
A reação dele nas páginas de seus jornais, acompanhado de gente como Jânio Vidal, foi totalmente desproporcional e diferente de sua postura pessoal no debate. Ele foi um gentleman democrático na tevê e um reacionário ditadorial especialmente no Editorial que publicou. Adotou a postura de que ninguém tem o direito de questionar seu trabalho e suas posições ideológicas. Atitude típica da direita reacionário que nos leva a achar que é com justeza que chamamos os partidários de José Agripino de demos.
Só para deixar claro. Já fiz as críticas que tinha contra a cobertura dos outros jornais e veículos. Mas nenhum deles é capitaneado pelo professor de ética da UFRN nem usou da desqualificação para responder os seus críticos.

Aliás

Rogério Marinho não quer ir para o ninho tucano? Ele poderia ser seu candidato ao governo de 2010. Até porque pode, ao mudar de partido, perder já o mandato por infidelidade partidária.

2010

Estão dando como certa a recomposição do Acordão 2006, com Rosalba disputando o governo do Estado e Garibaldi e José Agripino o senado. Articulação da galega do Alecrim para tentar salvar o mandato. É bem possível que essa recomposição tenha lugar e efeito em 2010. Porém...
A eleição de 2010 é bem diferente daquela disputada esse ano. É nacional e tem verticalização. Hoje, por exemplo, o PMDB é forte candidato a indicar o vice - ou mesmo a cabeça - de uma chapa governista para a Presidência da República. Os partidos aliados deram uma surra nas urnas sobre a Oposição. Caso PT e PMDB se aliem em 2010, com a junção do Bloco de Esquerda (PSB, PC do B e PDT), o sonho de consumo de Jajá naufraga antes de deixar o porto. No máximo, o PMDB lançaria uma chapa puro sangue, com apenas um candidato ao Senado, e os demos fariam o mesmo. Mas aí viria o grupo de Wilma, que ainda pode ter fortes nomes ao seu lado para a chapa majoritária: João Maia, Robinson Faria, Carlos Eduardo. Isso se João Maia e Robinson não partirem para carreira sozinhos. Poderia ser algo assim: Robinson (ou Carlos Eduardo) para governo, João Maia e Wilma para o Senado - com o apoio da base aliada.
Um outro cenário possível e mais problemático seria o Bloco de Esquerda lançar a candidatura de Ciro Gomes, tendo Aldo Rebelo como vice. Aí Wilma não poderia compor com o PT, que teria de lançar candidatos isoladamente e trabalharia unicamente para eleger a governadora ao Senado e garantir os mandatos de Fátima e Mineiro. Nesse caso, Carlos Eduardo poderia saltar no barco petista, como já foi cogitado. Mas tirando essa possibilidade, seriam candidatos Rosalba, Carlos Eduardo (que ainda lidera as intenções de voto, é bom lembrar), Robinson e um nome do PT. Nesse cenário, ainda não vemos os tucanos - que deveriam compor com os demos ou partir em vôo solo, só para constar.
De todo modo, tentar antecipar agora as recomposições e composições para 2010 é temerário e prematuro. E se a borboleta quiser alçar vôos estaduais? E o PV, fraco nacionalmente, estiver aliado ou a Dilma ou a Serra (provavelmente a Dilma)? Ela arriscaria uma candidatura puro sangue, para enfrentar os padrinhos?
Perguntas demais, cedo demais.

Pergunta

Será que, como disse Paulo Wagner, a borboleta está pedindo votos para o chefe da quadrilha na eleição da Câmara? Além dos cinquenta mil reais oferecidos, a caneta da prefeita torna praticamente decidida a parada.

Orkut

Fui avisado que discutem muito sobre mim nesta comunidade do Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#CommTopics.aspx?cmm=211971. Na verdade, percebi que não discutem muito o que eu digo, mas apenas o meu semi-anonimato. Em vários espaços e momentos da Internet minha identidade foi revelada. Não precisa pesquisar muito (exemplo do Google).
Como há muitos defensores da prefeita eleita por lá que não querem enfrentar um debate sério das questões que se impõem no debate político de nossa cidade, em alguns momentos a discussão lá era querer provar que sou um aluno de jornalismo que discutiu com Marcos Aurélio em sala de aula. Não sou aluno de jornalismo. Formei-me há alguns anos. Já fiz até mestrado nesse meio-tempo...
Enfim, gostei de ser lembrado. E podemos debater por aqui também. Tanto a ética jornalística da desqualificação do Jornal de Hoje (ex.: Grandes Temas, Substantivo Plural, OAB, MARCCO), quanto o futuro governo da borboleta sem conteúdo. Comandada pelo chefe, a galega do Alecrim.

sábado, 25 de outubro de 2008

Análise

O professor Marcos Aurélio de Sá foi profundamente questionado durante o período eleitoral acerca da postura de seus dois jornais, que teriam tomado partido de uma das candidatas - que, afinal foi eleita. Em momento algum, no entanto, o professor ou seus jornais foram explícitos quanto a essa questão. Isso gerou intensa controvérsia, reforçada pelo fato de Marcos ser professor de ética jornalística. A postura da mídia em geral foi posta em xeque por camada relevante da intelectualidade natalense.
A análise a seguir comprova as acusações. E piora a situação do professor. Em primeiro lugar, ele disse em público, no Grandes Temas da TV-U, que o jornal dele foi imparcial. Disse, em segundo lugar, que os espaços conseguidos pela borboleta foram fruto de bom trabalho da sua assessoria. No entanto, o trabalho de assessoria, se tivesse existido, não foi o causador da intensa adjetivação, nas capas, em favor da borboleta. Adjetivação é um traço considerável da subjetividade do autor do texto - repórter, editor ou proprietário -, traduzindo assim fortemente a intenção e a opinião do jornal.
Mas não é a primeira vez na história do país que um fato assim tem lugar. Um exemplo clássico, redundante, e estudado exaustivamente na pesquisa universitária e nas mesas de bar, foi a forma como, ao longo do tempo, a Veja construiu a imagem de Fernando Collor (desde a clássica capa que o apelidou de Caçador de Marajás), contribuindo decisivamente, junto aos formadores de opinião, para sua eleição à presidente da república. Tanto Veja quanto Marcos Aurélio defendem os interesses dos mesmos grupos econômicos. Isso Marcos não nega, como deixou claro esta semana ao receber homenagem da Fecomércio: "Fiquem certos todos de que os nossos jornais estão prioritariamente dispostos a continuar defendendo a causa dos senhores, agentes da livre iniciativa, responsáveis diretos pelo custeio da nossa pesada máquina pública, tão desvirtuada e vilipendiada, mas que sempre encontra defensores ferozes, a maioria deles voltados 24 horas por dia apenas para a busca de privilégios e de meios que permitam a exploração ainda maior das classes produtoras e dos contribuintes em geral."
A diferença entre os Civita e Marcos Aurélio é que este último, sem fundamentação conceitual, teórica ou prática, ensina ética jornalística na UFRN há, como ele gosta de dizer, 33 anos. E a diferença entre este momento e o da Veja em 1989 é que, agora, nós podemos contradizer Marcos Aurélio quase de imediato, graças às vantagens da cibercultura internética.
De forma mais prosaica, Marcos tropeça até em pecadinhos. Como acusar, em sala de aula, o presidente Lula de ter estado "extremamente embriagado" no comício da Zona Norte - por que não publicou isso em sua coluna?
Outro tropeço menor, por exemplo, se deu ao afirmar em um editorial no JH Primeira Edição que, no período eleitoral, o jornal jamais teve de retificar qualquer notícia dada. Mentira. Na primeira página de 01/10, o JH publicou: "Militantes do PC do B ateiam fogo na principal via do centro". Após a visita do presidente do partido, Antenor Roberto, o Jornal teve que se desmentir, uma vez que a manifestação não foi de militantes do PC do B.

Eleições

Enquanto no Brasil inteiro e inclusive aqui em nossa taba os colunistas políticos de oposição continuam a afirmar que Lula e o PT foram os grandes derrotados dessa eleição (vide a eleição de Micarla), a Folha de São Paulo repõe os fatos em seus lugares: "Oposição deve amargar a perda de 10 milhões de eleitores". A reportagem informa que a perda é maior que todo eleitorado da região norte. Ou seja, a oposição perdeu, em relação a 2004, um Norte inteiro. Perdeu o norte. Hoje, os três maiores partidos de oposição governam 44,6 milhões de brasileiros. Depois da eleição de amanhã, devem alcançar 34,9 milhões, uma vez que ganharão em apenas mais três cidades (São Paulo, São Luís e Cuiabá).

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Respondendo

Lá no Substantivo Plural, Régis Duarte Queiroz questiona a existência de um Caçador de Borboletas.
Pois bem. Ele não existe por razões eleitorais - a eleição já foi definida. Ele existe na tradição do que pensaram diversos estudiosos do jornalismo desde o século XIX, principalmente. De lá vem o conceito da imprensa (extensivo à mídia) como Watchdog, ou Cão de Guarda da Democracia, fiscalizando os poderes públicos e os líderes políticos, em nome da livre opinião pública - dos que defendem a livre iniciativa privada ou não. A noção de watchdog é fundamental na democracia representativa ocidental.
Por isso, eu, que questiono com base nos fatos, a capacidade intelectual, cultural e política da borboleta sem conteúdo, criei um blog para fiscalizar suas fragilidades, denunciar suas fraquezas e seus erros. Dela e de seus aliados. Acho que tem rendido resultado, pelo número de leitores e pela quantidade de texto que publicamos - prova inequívoca de que a discussão pública sobre os rumos de uma prefeitura deve existir. Fundamental para a ética pública.

Retificação

Marcos disse em editorial do JH Primeira Edição que jamais teve de retificar um texto no período eleitoral.
Não é verdade, em pelo menos um caso. Na primeira página de 01/10, o JH publicou: "Militantes do PC do B ateiam fogo na principal via do centro". Após a visita do presidente do partido, Antenor Roberto, o Jornal teve que se desmentir, uma vez que a manifestação não foi de militantes do PC do B.
Uma mentira claramente expressa pelo professor Marcos Aurélio.

A ética de Marcos Aurélio VI

Agora, a ética de Marcos Aurélio se volta contra a OAB, o MARCCO e aqueles que querem enfrentar a máfia da Operação Impacto.

A ética de Marcos Aurélio V

Levantamento das manchetes políticas/eleitorais de Primeira Página do JH (matutino) e Jornal de Hoje (vespertino) nos dois meses (agosto e setembro) que antecederam a eleição para prefeito de Natal:


JORNAL DE HOJE (VESPERTINO)
MANCHETES - PRIMEIRA PÁGINA

AGOSTO
02 – Fátima vai às ruas com Carlos, Wilma e Garibaldi, mas rejeição atinge 41%
04 – Para marqueteiro “rejeição a Fátima é preocupante e esperança é a TV”
05 – Para o vice de Fátima, TV vai justificar o “acordão”
06 – Robinson concorda com Lavô e diz que Micarla está pronta para ser prefeita
09 – “Prefiro dizer que Micarla será a prefeita do povo de Natal”, declara João Maia
11 – Advogada pedirá cassação de candidatura de Fátima por calote do PT em 2004
12 – Para Fátima, não é sua a responsabilidade sobre a dívida de 2004
15 - Micarla diz no CREA que administração de Natal precisa ter planejamento e cumprir metas
21 – Para Agripino, Garibaldi e Wilma se arrependeram de apoiar Fátima
25 – Miguel Mossoró critica Lei Eleitoral – “Justiça me proíbe de dizer na TV que há quatro anos Fátima chamou Garibaldi de ladrão”
26 – Fátima se nega a comentar acusações de corrupção que fazia contra Garibaldi Filho
29 – PPS acusa Fátima de enganar eleitor quando diz que trouxe verbas milionárias para Natal
30 – Coligação de Micarla entra com ação por propaganda de Fátima em evento na FJA

A ética de Marcos Aurélio IV

SETEMBRO
01 – Micarla tem 17% de vantagem sobre Fátima e venceria eleição no Primeiro Turno
04 – Deputado de partido aliado diz que “Fátima não destinou um centavo para Natal desde 2006”
05 – Desafio do PT – Fátima renúncia se alguém provar que ela mandou verba para o Paraná
08 – Justiça proíbe Fátima de explorar na campanha que conseguiu verbas para Natal
10 – Documento do Congresso mostra que Fátima mandou mesmo verbas para Astorga e Lobato
11 - Para advogado, Fátima tentou fugir porque sabia que sua presença no evento era ilegal
17 - Para Vober, Lula não terá força para impor mudança de voto aos eleitores
19 - Micarla lidera com 45,9% dos votos na quarta rodada de pesquisas JH-Start
20 - Para Ney Lopes, "Lula virou chefete político e discursou embriagado pelo poder"
22- Juiza defere pedidos de liminares de Fátima e Micarla e manda que parem de ofensas pessoais
25 - Prefeitura cadastra carentes e doa milhares de cestas básicas às vésperas da eleição
26 - Para advogado, "Prefeitura transformou programa social em benefício eleitoral"
27- Para advogado, Wilma Sampaio confirma distribuição "irregular" de cestas básicas
29 – Wilma e Garibaldi abandonam os aliados do interior para tentar salvar Fátima da derrota
30 – Micarla apresenta suas propostas para setor do comércio em reunião no CDL

OUTUBRO
01 – Militantes do PC do B ateiam fogo na principal via do centro
04 – Start: Micarla será eleita neste domingo com maioria de 80 mil votos sobre Fátima
06 - Agripino atribui a vitória "ao carisma e à popularidade de Micarla de Souza"


JH (MATUTINO)
MANCHETES – PRIMEIRA PÁGINA

AGOSTO
04 – Com 54%, Micarla se diz “voando” rumo à vitória
12 – Micarla: “Povo está cansado de gente sem sensibilidade”
13 – Finanças do PT estão debilitadas
16 – Se eleita, Fátima garante diálogo com a sociedade
21 – Aliados de Micarla repudiam ataques de Carlos Eduardo
26 – Garibaldi diz que sofreu com acusações de Fátima
28 – Convescote – Natal Melhor quer processar coligação de Fátima Bezerra
29 – Vober volta a criticar “acordão” dos “caciques”

A ética de Marcos Aurélio III

SETEMBRO
04 – Micarla diz que ataques de Fátima são uma “atitude desesperada”
08 – Paulo Wagner não acredita que presença do presidente Lula interfira na eleição de Natal
09 – Fátima Bezerra – Juíza diz que “propaganda é enganosa”
11 – Prefeituras de Astorga e Lobato não receberam emendas de Fátima
12 – Coligação “Natal Melhor” entra hoje com pedido de cassação do registro de Fátima
13 – Viveiros vai interpelar Mineiro
16 – Ney Lopes acusa ministros de tráfico de influência em Natal
17 – Ainda dá Primeiro Turno
18 – Almir: “Lula precisa conhecer a realidade da Zona Norte”
19 – Oposição diz ser histérica a fala de Ricardo Berzoine
– Editorial: Adulação astuciosa
22 – Micarla diz que eleitor não será influenciado por Lula
26 - Sarney Filho diz que PV terá primeira prefeita
27 - Pela quarta vez, Micarla quer cassar candidatura de Fátima
29 - Pesquisa aponta vitória de Micarla no Primeiro Turno
30 - Funcarte paga auxílio a quadrilhas juninas e coligação de Micarla vai representar na justiça

OUTUBRO
01 - Semtas suspende distribuição de cestas básicas por ordem de juíza
02 - Pesquisa Ibope/Intertvcabugi acena com Segundo Turno em Natal
04 - Micarla alcança 50,9% e sua maioria sobre Fátima chega aos 80 mil votos
06 - Micarla derrota Lula, Wilma e Carlos Eduardo

A ética de Marcos Aurélio II

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O LEVANTAMENTO:
1 - No período do levantamento (agosto e setembro) não foi verificada nenhuma manchete, nos dois jornais, negativas à candidata Micarla de Souza ou à sua coligação;

2 – Comparando-se as manchetes dos dois jornais, constata-se que a postura adotada pelo Jornal de Hoje (vespertino) foi mais desfavorável, em quantidade e conteúdo à candidata Fátima Bezerra e sua coligação; O JH publicou 16 manchetes negativas para Fátima e o Jornal de Hoje chegou a 24 manchetes negativas, totalizando 40 manchetes desfavoráveis à Fátima Bezerra no período apurado.

3 - No período do levantamento foi verificada a ocorrência de um único editorial em primeira página (JH - matutino). O conteúdo criticava a presença de ministros em Natal para apoiar Fátima Bezerra.

4 – Chama atenção na pesquisa o “sumiço” da candidata Micarla de Souza das manchetes de Primeira Página. Quando aparece é com conotação positiva (Ex: “Robinson concorda com Lavô e diz que Micarla está pronta para ser prefeita”).

5 – No Programa Grandes Temas, o diretor dos dois jornais, Marcos Aurélio, negou que tenha havido parcialidade na cobertura da eleição e disse que se Micarla conseguiu “inserir” mais notícias positivas isso se devia à competência de sua assessoria de imprensa. Mas se isso fosse verdade, a adjetivação não estaria tão presente, conotando positivamente as matérias em favor de Micarla e negativamente contra Fátima.

A pesquisa, que não foi feita por mim, revela a babaca desonestidade ética e intelectual do proprietário do Jornal de Hoje na sua defesa intransigente e desnorteada de seus interesses privados, comerciais e políticos. De uma vez por todas, mostra que ele não pode ser o professor de ética jornalística da UFRN.

A ética de Marcos Aurélio

Disse o professor de ética jornalística da UFRN, quando recebeu prêmio de seus amigos da FECOMÉRCIO:

Fiquem certos todos de que os nossos jornais estão prioritariamente dispostos a continuar defendendo a causa dos senhores, agentes da livre iniciativa, responsáveis diretos pelo custeio da nossa pesada máquina pública, tão desvirtuada e vilipendiada, mas que sempre encontra defensores ferozes, a maioria deles voltados 24 horas por dia apenas para a busca de privilégios e de meios que permitam a exploração ainda maior das classes produtoras e dos contribuintes em geral.

Por isso que, contra a cidade, ele ficou do lado dos corruptores da Operação Impacto contra o prefeito Carlos Eduardo.
Por isso que, contra a cidade, defendeu os aumentos de ônibus que a máfia do Setrans sempre quis impor a Natal.
Por isso, o professor de ética se assume como professor da ética dos grande empresários e grandes grupos econômicos. A ética da liberdade de empresa versus a liberdade de expressão.
Por isso, ele não pode mais continuar sendo professor de ética jornalística da UFRN.

Marinho de novo

Volto a perguntar: se Rogério Marinho for para o PSDB, os socialistas vão para a justiça pedir seu mandato de volta?

A ilusão dos verdes

Os verdes ainda estão iludidos. A borboleta já se reuniu com o chefe, com Robinson, com João Maia, com Alex Medeiros e com Marcos Aurélio. Ainda não se encontrou com nenhuma liderança verde de Natal. Ainda assim, Elias Nunes afirma que espera ficar com a Semurb, que já teve alguns possíveis nomes anunciados (nenhum verde), e já indicou uma penca de nomes. Espera, ainda, ficar com a maior parte das secretarias.
Iludidos ainda...

Reajustes

Paulinho Freire disse que abriria mão.
A forma como foi votado prejudicou ainda mais a imagem da Câmara.
O resultado foi que a Câmara está repensando o aumento.
O futuro ex-vereador Salatiel de Sousa resolveu reduzir o aumento para 80%(!).
Sem comentários...

Donos da Mídia

Recebo a indicação, da jornalista Alê Pinheiro, por meio da lista de discussão Sarapatel de Salvador, do site Donos da Mídia.
Segue um extrato da pesquisa:

Como é sabido, a Constituição Federal proíbe (artigo 54) os deputados e senadores participar de organização definida como "pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público". Essa determinação constitucional aplica-se, por extensão, aos deputados estaduais e prefeitos. Entretanto, Donos da Mídia, identificou 20 senadores, 48 deputados federais, 55 deputados estaduais e 147 prefeitos como sócios ou diretores de empresas de radiodifusão.

Quanto às suas origens partidárias, predominam os políticos filiados ao DEM (58, ou 21,4%), ao PMDB (48, ou 17,71%) e ao PSDB (43, ou 15,87%)
.

Bandido

O estudante assassinado pela polícia foi chamado, junto com o grupo de amigos, de os mesmos bandidos que haviam assaltado um motorista mais cedo.

A matéria em que o JH condenava as vítimas, reproduzindo a versão da polícia, segue no link: http://www.jornaldehoje.com.br/novo/navegacao/ver_noticias.php?id_ce=7674.

Ainda sobre ética

Na madrugada de terça a PM, com um tiro de FAL, matou um jovem que não parou em uma blitz nas proximidades de Pium. Nesses casos, a imprensa sempre reproduz a versão da polícia como verdade.
Assim fez o ético JH, estampando na capa uma manchete dando conta que a PM enfrentou quatro bandidos que furaram o cerco policial e, em troca de tiros, um deles foi morto.
Só que...
Hoje se sabe que os meninos não eram bandidos e o morto era estudante de direito na UnP. Sabe-se que não houve troca de tiros, uma vez que os exames residuográficos mostraram que nem ele nem seu amigo, ferido na emboscada, fizeram uso de arma de fogo.
A PM afastou o primeiro responsável pela investigação, que foi a público dizer que o relato dos colegas era a reprodução da verdade.
E o JH? O que vai fazer com a capa equivocada e anti-ética que produziu?

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Efeito Borboleta?

Se Gabeira perder a eleição domingo, depois de liderar as pesquisas do segundo turno, será que vão acusar a borboleta de pé frio? Será que alguém vai definir um Efeito Borboleta?

Hermano concorda

Hermano Moraes discorda dos colegas que criticaram o movimento da OAB e outras entidades contra a eleição dos denunciados pela Operação Impacto para a Mesa Diretora da Câmara. Para ele, os impactados não devem ser candidatos. Mas ele mesmo já avisou que não é candidato.

Marinho

Se Rogério Marinho trocar o PSB pelo partido dos tucanos, os socialistas vão pedir ao TSE o seu mandato de volta? A bancada de apoio ao presidente Lula vai perder um deputado para o grupo tucano-demoníaco?

Por debaixo dos panos

Sem o conhecimento de boa parte dos vereadores e sem que entrasse na ordem do dia, a Câmara aprovou reajuste geral para vereadores, secretários e prefeita, válido a partir de janeiro. Assim, a borboleta assumirá recebendo vencimentos de R$ 22 mil reais, enquanto o povo que a elegeu se vira para sobreviver com um salário mínimo. Isso sem contar com as rendas da família que, além de tudo, como eu já disse aqui, é mal pagadora. Devem à família antiga proprietária do terreno onde funciona a tevê e o estacionamento à frente do prédio. Usam o espaço e nunca pagaram. Borboleta caloteira e que fará jus a um salário que poucos recebem no país.

Sem conteúdo

E por falar em borboleta sem conteúdo, segundo reportagem do Diário de Natal, somente agora ela corre atrás de um projeto para a cidade que vai passar a administrar daqui a pouco mais de 60 dias:
Após o período de descanso em um SPA em Mariporã, na Serra Paulista, a prefeita eleita Micarla de Sousa deu início a uma agenda intensa para, segundo relata, conhecer e definir um modelo de gestão adequado para administrar a cidade.
Quer dizer que a prefeita agora assume o que já era óbvio na campanha: foi eleita sem um programa ou um projeto para a cidade. Isso, na minha opinião, implicará no aumento da força e da importância do seu chefe para governar a cidade, mesmo que tenha vindo agora negar a confirmação do collorido para a Secretaria de Planejamento.

P.S.: Ridículo o JH qualificando Diana Mota como alguém de muito respeito no DF. Não por ela, que não conheço, mas pelo fato de ter como grande respaldo ter sido assessora do ladrão-mor do DF, Joaquim Roriz.

Os verdes

Olha só que coisa. Foi só a borboleta sem conteúdo se envolver na campanha de Gabeira para que o verde carioca fosse ultrapassado pelo pemedebista Eduardo Paes nas pesquisas de intenção de voto.

Em tempo

Será que o chefe da quadrilha continua oferecendo 50 mil reais para ser reeleito na presidência da Casa?

Segunda onda de desqualificação

Agora os denunciados pela Operação Impacto atacam a credibilidade do MARCCO e da OAB, que vêm mobilizando a opinião pública e a sociedade civil organizada contra a eleição dos seis remanescentes para a Mesa Diretora da Câmara.
Segundo Renato Dantas, meu leitor derrotado nas urnas, as motivações de Ricardo Wagner são pessoais.
É assim mesmo: quem não tem argumento e defesa, grita mais alto para ser ouvido e tentar calar os críticos. A mesma tática usada por Marcos Aurélio, seus jornais e seus parceiros.

Oposição

Heráclito Noé (PPS) fará oposição à borboleta, segundo informou ontem a Túlio Lemos. Acatará a decisão do partido.

Futuro

O futuro ex-vereador e aprendiz de demoníaco, Salatiel de Souza, assumiu seu lado em 2010: Rogério Marinho e José Agripino. Até lá, Salatiel deve ter voltado para as hostes de Jajá.

Alex e outros secretários

Alex Medeiros, na Secretaria de Esportes - o que ele nega. Talvez caia no cólo do ex-marido, o guarda-costas, que já ocupou a pasta no governo do Estado.

Já o PV deseja ocupar o espaço que os demoníacos consideram seu: os verdes indicaram Elias Nunes, Rivaldo Fernandes, Carlos Paiva, Aristotelino Monteiro e o ex-vereador Olegário Passos, aquele que disse que usará os próximos quatro anos de governo para fazer seu pé-de-meia.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Fausto

Gustavo Lucena disse algo interessante:

Micarla ao invés de Prefeita deveria trabalhar no cemitério Morada da Paz, pois ela está se tornando pródiga em exumar cadáver.

Desenterrou Augusto Viveiros.

Desenterrou João Faustino.

Desenterrou Ney Lopes e ainda criou um clone com o DNA deste(Ney Jr.).

Vai desenterrar os racistas pertencentes ao lourismo e a republiqueta de Jacumã (Ximbica, Marco Aurélio de Sá, etc.)

Impediu de enterrarem Agripino e Luiz Almir, que já estavam com os caixões prestes a serem fechados.

Em resumo: lamentável.

Qual será a próxima cova a ser aberta?

Monitoramento da Câmara

O Movimento Articulado de Combate a Corrupção (MARCCO)criará um Sistema de Monitoramento da Câmara, cuja atuação não ficará registrida à luta para que os seis denunciados pela Operação Impacto não sejam votados para Mesa Diretora.
O Sistema atuará avaliando e estabelecendo notas para os parlamentares municipais.

Ricardo Wagner, Vice-presidente da OAB, disse a Anna Ruth que tem alguns vereadores que ficam os quatro anos só colocando projeto de nomes de ruas e título de cidadão natalense.

Acerca das críticas de Maurício Gurgel (PHS), Ney Lopes Jr. (DEM), Adão Eridan (PR) e Chagas Catarino (PP), que disseram ser contra o movimento da OAB para impedir a eleição para Mesa dos parlamentares denunciados na Impacto, Ricardo Wagner disse que é uma análise reducionista, banal. Não estamos colocando a culpa (nesses vereadores), mas precisamos resguardar a imagem da Câmara.

Ubaldo

Segundo Anna Ruth, outro cotado é Ubaldo Fernandes, afilhado do homem da Destaque, para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Comunitário. Talvez haja um investimento maior para o desenvolvimento comunitário dos blocos de Carnatal.

Faustino

O ex-deputado João Faustino (PSDB) é cotado para o secretariado da borboleta.
Mais um indício que ela voa cada vez mais longe da base aliada do governo Lula.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Borboleta fora da vida pública

Ia comentar de manhã, mas não deu.

A borboleta prometeu que vai deixar a vida pública se não tirar a educação de Natal da lanterninha entre as capitais brasileiras. Ainda bem, então, que ela vai sair da vida pública imediatamente, uma vez que Natal não é a lanterninha no que se refere à educação municipal.

Veja a nota divulgada pela secretária Justina Iva, respondendo a mais uma bobagem falada pela borboleta sem conteúdo:

Não será por esse motivo, conforme declarou a deputada, que ela deixará a vida pública, posto que em quase sete anos de gestão, por determinação do prefeito Carlos Eduardo Alves, demos conta do nosso maior desafio: extinguimos o turno intermediário (feito conseguido em apenas três capitais do Brasil); implantamos o Plano de Cargos e Carreira como valorização do magistério; investimos maciçamente na melhoria da rede física cirando espaços educativos com ambiência favorável ao ensino e aprendizagem, construindo 30 escolas, reformando e ampliando 52, de um total de 90 unidades escolares; além de dotar toda rede de ensino de laboratórios de informática com internet; e construímos o Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (CEMURE), espaço dedicado à qualificação dos professores e funcionários da rede", escreveu a secretária.
Eis a nota da secretária na íntegra:
"Surpreendeu-me declarações da deputada Micarla de Sousa no que concerne ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) 2007 da Rede Municipal de Educação de Natal, classificando de forma grosseira a capital sendo a “lanterninha” no ranking nacional dentre as capitais brasileiras.
Cumpre-me o dever, em nome de todos que compõem a rede, de proceder aos seguintes esclarecimentos, com base em dados oficiais do Ministério da Educação/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa.

1- O índice de 3,2, por ela apontado, diz respeito ao IDEB 2007 alcançado pela Rede Municipal para os anos finais (até a 8ª série), correspondendo ao 10º lugar no ranking dos IDEB´s das capitais brasileiras.
2- A nossa rede, nos anos iniciais (até a 4ª série), obteve índice 3,7, ocupando o 11º lugar no ranking dos IDEB´s das capitais.
3- Com esses resultados, alcançamos a meta estabelecida pelo MEC para o ano de 2009.
4- No ranking dos IDEB´s das capitais da região Nordeste, ocupamos o 4º lugar para os anos iniciais e o 3º lugar para os anos finais.
5- Não será por esse motivo, conforme declarou a deputada, que ela deixará a vida pública, posto que em quase sete anos de gestão, por determinação do prefeito Carlos Eduardo Alves, demos conta do nosso maior desafio: extinguimos o turno intermediário (feito conseguido em apenas três capitais do Brasil); implantamos o Plano de Cargos e Carreira como valorização do magistério; investimos maciçamente na melhoria da rede física cirando espaços educativos com ambiência favorável ao ensino e aprendizagem, construindo 30 escolas, reformando e ampliando 52, de um total de 90 unidades escolares; além de dotar toda rede de ensino de laboratórios de informática com internet; e construímos o Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (CEMURE), espaço dedicado à qualificação dos professores e funcionários da rede.
Justina Iva de Araújo Silva
Secretária Municipal de Educação

O PV reclamou

O PV começou a entender que o chefe da borboleta é a galega do Alecrim e não o partido. O presidente dos verdes questionou o fato de que foi o chefe da borboleta e Augusto Viveiros que o anunciaram como secretário de planejamento, sem passar pelo crivo do partido da prefeita... partido da prefeita até quando?

Mais um nome

Diana Mota, irmã do deputado Ricardo Mota, deve assumir a Semurb. No currículo, ter sido auxiliar do governador ladrão do DF, Joaquim Roriz.

Reforma administrativa

Ainda sem equipe de transição e sem conhecer a realidade da prefeitura, a borboleta parece que vai obedecer ao chefe e reformar, administrativamente, a prefeitura, criando secretarias e acabando com outras. Começa bem, muito bem.

Borboleta demoníaca

Francisca,
Duvido que a borboleta termine o mandato com os Verdes. Especialmente se Gabeira for eleito no Rio. Afinal, com esse chefe que ela tem, o PV vai optar pelo espaço no Planalto a permitir-se entrar em choque com o Presidente Lula. Essa esquizofrenia dela vai-lhe custar o espaço no partido. Mais cedo ou mais tarde, a borboleta vai assumir integralmente seu lado demoníaco.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Do chefe do Decom

Acabo de ler uma entrevista do professor Newton Avelino, chefe do departamento de comunicação, sobre a polêmica envolvendo o debate sobre ética jornalística, no Substantivo Plural e no Grandes Temas.
O professor Newton foi infeliz e perdeu uma oportunidade de ficar calado. Deixou também transparecer a briga política que tem lugar no Decom entre os professores-pesquisadores titulados e os homens de mercado - aqueles que o mantém como chefe há tanto tempo.
Nas eleições desse ano o grupo de Newton se fortaleceu contra o grupo dos doutores - do qual Josimey é uma das representantes, mesmo estando hoje afastada para ser Superintendente da Comunica. Duvido que, a não ser por questões políticas, Newton defenderia como professor um sujeito que, vazio de conteúdo conceitual e teórico, é capaz de afirmar que não existe ideologia (enquanto afirma que seu jornal é um defensor intransigente da livre iniciativa de mercado), que ideologia não tem nada a ver com cultura e que Traquina estava errado. Afirmações feitas na base do achismo.
O fato é que, numa análise em cima do conteúdo conceitual e teórico, Marcos Aurélio mostrou sua fragilidade e foi engolido por Alex e Josimey, enquanto pesquisadores, e Tácito e Sérgio, como jornalistas, no debate do Grandes Temas da semana passada.
Aliás, ali haviam cinco jornalistas debatendo, vale ressaltar. Sabendo da fraqueza de sua posição, Marcos partiu para o ataque, politizando a discussão, se pondo na posição de vítima e criando a tal figura do linchamento. Faltou preparo e falta coragem de assumir as posições. E falta coragem de estudar um pouquinho, como recomenda a prática docente.
Por falar nisso, sonho com uma sociedade civil em Natal - com um DCE, um Diretório Acadêmico - que se mobilize para que um professor com conhecimento conceitual e teórico tão frágil possa ser substituído na disciplina de Ética Jornalística. É uma pena que nossos jornalistas sejam formados por alguém assim.
Aliás, se o JH fosse ético como defende traria ali, no espaço que está dedicando para atacar seus críticos, espaço para que seus críticos também se manifestem.

Gabeira

Coitado de Gabeira: a borboleta vai bater asas na campanha dele no Rio de Janeiro. Um homem com sua história política - apesar de sua tendência a mudar de partidos - não merece ter alguém sem conteúdo como a borboleta subindo em seu palanque (se bem que César Maia, o primo do chefe, também poderá subir no palanque verde no Rio).

Enquete

Se em Natal tivessem feito uma brincadeirinha como essa da Veja, talvez nossos votos tivessem sido um pouquinho diferentes:

http://veja.abril.com.br/politica/segundo-turno/enquete-candidatos-rj.html

Enildo Alves

Enildo Alves, o ladrão dos dois milhões de reais da Secretaria Municipal de Saúde, acusa sua sucessora pelo fato. O problema de Cida foi não dar publicidade às denúncias e às investigações quando o furto foi constatado. Não queria criar embaraços para o prefeito. No entanto, com a presença da Polícia Federal nas investigações, dificilmente o doutor Enildo manterá suas acusações.
Todo mundo sabe, até os derrotados da CEI, que Enildo é o ladrão dos dois milhões. Mas não é difícil imaginar que essa seria a postura na casa onde o chefe da quadrilha oferece cinquenta mil reais para se manter na presidência. E haja cachimbo!

Mais secretários

Ontem os nomes indicados por João Maia e Robinson Faria devem ter sido passados para a borboleta.
Um nome já deve estar certo para substituir Damião Pita: Demétrio Torres é mais uma imposição do chefe.

O chefe

O chefe disse que não tem nada a ver com a escolha do ex-coordenador de Campanha de Collor para a Secretaria de Planejamento. Também disse que a escolha da secretaria mais estratégica da prefeitura não sinaliza a força dos demos no governo da borboleta.
Depois de Viveiros falar, sem conhecer a situação da prefeitura (não existe sequer uma equipe de transição), que 2009 será um ano de cortes e contingência, a postura não-é-comigo da galega do Alecrim não surpreende.

domingo, 19 de outubro de 2008

Estranheza

Uma coisa estranha. Mais que o fato de a borboleta escolher secretários antes de definir as equipes de transição, o que soa estranho é Viveiros, sem conhecer ainda nada das condições financeiras e administrativas da prefeitura e do Planejamento (afinal, ainda não existe equipe de transição), dizer que o próximo ano será de cortes e economia. Se diz isso sem conhecer a prefeitura, os servidores já manifestam receio de que conquistas básicas, como os salários pagos em dia, se tornem lembranças do passado no governo da borboleta.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Rapidez

Uma conhecida minha, com 30 anos como servidora municipal, se surpreendeu com a rapidez da borboleta. Ela jura nunca ter visto uma escolha de secretariado tão rápida quanto a que a prefeita eleita está fazendo. E, fato também inédito, a borboleta - possivelmente obedecendo ao chefe Jajá - escolhe secretários antes mesmo de anunciar a equipe de transição. Se a rapidez for a marca registrada da nova prefeita, seu mandato também deve ser rápido. Será que ela se arrisca a outros vôos em 2010?

Para relembrar

Para relembrar os tais melhores momentos da carreira de Viveiros, ao lado do ministro Alceni Guerra, um pouco de Jorge Benjor:

Engenho de dentro

Olha aí meu bem
Prudência e dinheiro no bolso
Canja de galinha
Não faz mal a ninguém...

Cuidado prá não cair
Da bicicleta
Cuidado prá não esquecer
O guarda-chuva...(2x)

...

Viveiros

Viveiros foi secretário executivo do Ministério da Saúde no governo Fernando Collor, quando o ministro era Alceni Guerra - aquele do escândalo das bicicletas superfaturadas para FNS. Havia coordenado a campanha do presidente casado no Nordeste, em 1989.
Foi deputado federal entre 1994 e 1998.
Começou a roubar em Brasília, vai terminar no Planejamento em Natal.
Vivo o menino.

Confirmado

Augusto Carlos Viveiros, Secretário de Planejamento.

José Agripino mandou, a borboleta aceitou.

Mas como há espaço também para as ordens de Rogério Marinho, Robinson Faria, João Maia e até para o seresteiro, acho que o cachorro vai morrer de fome. Nesse caso, o cachorro somos nós, com tantos chefes tão reacionários no Palácio Felipe Camarão.

Assino embaixo

Se houvesse como, assinaria embaixo do texto publicado por Mineiro no Substantivo Plural:

O Jornal de Hoje NÃO é responsável pela derrota de Fátima

Declaro, formal e solenemente e para todos os fins, e meios, que se fizerem necessários que o Jornal de Hoje e o JH Primeira Edição NÃO são responsáveis pela derrota de Fátima nas eleições deste ano da graça de 2008. A quem interessar, a minha opinião sobre as razões da derrota de Fátima estão expressas em artigo que escrevi sobre o tema, que pode ser lido em www.mineiropt.com.br/blog.

Entre outras razões, os JHs de primeira, de hoje e de ontens não são responsáveis pela derrota de Fátima porque eles não têm eleitores(as). Como se sabe, têm leitores(as) como eu, que os leio sempre. E nós, leitores e leitoras dos JHs bem sabemos que um jornal não elege nem deselege ninguém. Pelo menos nos dias de hoje, a despeito de que tem gente que ache o contrário. Aliás, cada vez mais, alguns jornais cumprem cada vez menos até mesmo a função de informar.

Leitores(as) que somos dos JHs, ao tempo em que sabemos que eles NÃO são responsáveis pela derrota de Fátima, sabemos também que seu proprietário e alguns jornalistas e colunistas votaram em Micarla. E isto não tem nada de mais. Exerceram um dos mais humanos, democráticos e cívicos dos direitos: o direito às escolhas. Não devemos, por isso, chamá-los de pevistas ou demoístas ou qualquer outros istas. Assim, também, é ridículo chamar os jornalistas que votaram em Fátima de “petistas”. Confesso, até gostaria que se filiassem ao PT. E se fossem petistas, qual seria o problema? Cá pra nós, este McCarthyism papa-jerimum é de uma mediocridade sem limites.

Leitores(as) assíduos(as) dos JHs, sabemos que estes jornais NÃO foram responsáveis pela derrota de Fátima. Mas sabemos também, por óbvio e evidente, que a grandissísima maioria das manchetes desses jornais, neste período eleitoral, foram contra Fátima e a coligação União Por Natal. E também aqui não vejo nada de mais. Afinal, os JHs são mercadorias de uma empresa privada que os vendem como querem e desejam. Registre-se que o proprietário desses jornais nunca escondeu de ninguém, e isto é elogiável, que eles são instrumentos radical e plenamente comprometidos com a iniciativa privada. E nós, leitores(as), sempre soubemos disso. Eu, por exemplo, também nunca escondi que sou assumidamente comprometido com as iniciativas públicas. E o legal do mundo é isso: a diversidade e o pluralismo de idéias.

O absurdo de tudo isto é que não se conhece um só petista que tenha dado qualquer declaração afirmando que os JHs foram os responsáveis pela derrota de Fátima. Aliás, darei um prêmio para quem me mostrar uma frase de qualquer petista que tenha dito uma bobagem dessas. E o prêmio, só pra valorizar, é a assinatura dos JHs, no período de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012. Sem direito à reeleição, digo renovação.

Se nenhum(a) petista responsabilizou os JHs pela derrota de Fátima, quem então inventou, e com quais objetivos, este factóide pós-eleitoral?

Pra mim é óbvio: alguns jornalistas/colunistas do próprio jornal criaram e alimentam esta versão, na vã tentativa de que, ao repeti-la diariamente, ela venha a se tornar verdade. E não foi apenas pelo anti-petismo assumido desses senhores e senhoras. O objetivo é outro, igualmente óbvio: querem se valorizar junto aos vencedores das eleições em Natal. E para isto eles(as) inventaram os factóides da responsabilização e do linchamento, da vitimização, para que os vitoriosos reconheçam o papel exercido por cada um(a). Como se sabe, o lado oposto da moeda da derrota é o lado da vitória.

Ora, ao divulgar a versão fantasiosa e artificial de que alguém está dizendo que os JHs são responsáveis pela derrota de Fátima eles(as) querem, na verdade, aparecerem aos olhos dos novos e velhos poderosos/vencedores das eleições como os responsáveis pela vitória.

O plano é de uma lógica simplória e cartesiana. Dizer repetidamente que estão sendo responsabilizados pela derrota de Fátima e que estão sofrendo linchamento por parte de petistas é uma forma esperta de dizer que são os responsáveis pela vitória, sem dizê-lo diretamente.

Na verdade, não se busca, com estes factóides, a disputa da opinião dos(as) leitores(as) dos JHs sobre a avaliação da cobertura do processo eleitoral. Trata-se, isso sim, da busca, repita-se, de um reconhecimento, agradecimento e valorização dos vitoriosos pelas posições e opiniões ali publicadas.

Além disso, procura-se impedir e desvirtuar um debate necessário e qualificado sobre a qualidade da mídia em nosso estado. Debate este de grande importância para a sociedade potiguar, que deve ser pautado pela reafirmação do irremovível compromisso com a defesa da liberdade de imprensa e do direito à opinião livre dos(as) leitores(as). E este debate só ocorrerá sob o signo de respeito absoluto às opiniões divergentes. A desqualificação dos interlocutores é a confissão do desejo de fuga do assunto.

Vamos, então, combinar. Reafirme-se que os JHs NÃO foram responsáveis pela derrota de Fátima na exata medida em que NÃO o foram pela vitória de Micarla.

Fernando Mineiro - petista e leitor assíduo dos JHs e de outros tantos jornais. Porque sem eles, os jornais, jamais poderia entender um pouquinho desta cidade e dos interesses de parte de seus habitantes.

Dispensa

Será que a borboleta dispensou o guarda-costas?

Maurício Gurgel começou bem...

Diz Anna Ruth:

Vereador do PHS é contra manifestação da OAB

Eleito vereador de Natal pelo PHS, Maurício Gurgel, disse que discorda do entendimento da Ordem dos Advogados do Brasil, ao defende que os vereadores denunciados na Operação Impacto não ocupem cargos na Mesa Diretora da Câmara.

“Sou contra essa campanha da OAB. Essa questão da Operação Impacto ainda não foi resolvida”, comentou o parlamentar. Ele disse que não terá problema em votar com vereadores que foram denunciados na Impacto.
“Não tenho problema e votar em Dickson Nasser, que é vereador há mais de 20 anos, tem grande serviços pretados. Não tenho problema em votar em Júlio Protásio ou Hermano Morais. Estou conversando (sobre em quem votar), mas não há nada certo”, destacou.


Pois é. Vergonhoso que o mais jovem vereador eleito possa dar uma declaração dessas. Ainda mais em se tratando de falar bem do chefe da quadrilha. Talvez os 50 mil prometidos valham mais que sua ética e sua honra.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Republicando

Vou republicar meu comentário sobre o editorial do JH Primeira Edição de ontem:

E o JH saiu com editorial! Momento histórico.

Esse editorial nos mostrou algumas coisas.
Uma primeira é que se o professor Marcos Aurélio tivesse se atualizado e investido em sua formação acadêmica teria o mínimo de conhecimento acerca dos estudos de enquadramento, baseados na obra de Erving Goffman. Nem adianta expor para ele explicações sobre a carga valorativa (portanto, ideológica) das palavras e das escolhas por cada palavra. Ele acha que não existe ideologia e, portanto, não entende que ela nos envolve em uma realidade social construída pelos sujeitos sociais. Desse modo, por exemplo, ao escolher a palavra acordão, em vez de aliança, assume-se um significado pretendido e uma proposta ideológica, enquadrando de maneira negativa a candidatura da deputada Fátima Bezerra. Quem muito sofre com isso no dia a dia é o MST que vê suas ocupações serem valoradas ideologicamente com a palavra invasão. Isso é enquadramento. Jornais sérios do país tomam o cuidado de explicitamente afirmar que alguns termos foram utilizados por A ou B, eximindo-se da responsabilidade de enquadrar, assim, os atores sociais em cena.
Outra coisa interessante de se notar na postura do professor Marcos Aurélio é que ele tem tido coragem de afirmar em sala de aula coisas que não colocaria em seu jornal. Porque sabe que acusações sem provas valem processos, uma vez que ferem uma ética social convencionadas em códigos legais. Assim, na sexta-feira passada Marcos disse que o presidente Lula estava extremamente embriagado no comício da Zona Norte. Mas ele não tem como provar isso e, sabendo-se passível de um processo por injúria, não publica tal acusação em seu jornal. Mas, desse modo, anti-eticamente atua na formação de nossos futuros profissionais de comunicação.
A terceira coisa que eu quero destacar no editorial de hoje do JH é que Fátima Bezerra, o PT e todas as demais oposições à prefeita eleita podem ocupar o espaço que até então foi utilizado pela borboleta, já que Marcos afirma que o compromisso do JH é dar espaço às minorias, às oposições. Aliás, ele disse no Grandes Temas que o jornal dele é naturalmente oposicionista. Desse modo, acredito, era hora de o mesmo dar espaço em suas linhas e colunas a todas as críticas e oposições à futura prefeita. É hora de os derrotados na eleição assumirem a condução da pauta política do JH.
Por fim, quero dizer que não sou um blogueiro ensandecido, profissional de jornalismo que jamais conseguiria espaço em veículos de imprensa. Eu, graças a Deus, não preciso labutar no jornalismo diário e sofrer com a merreca de piso salarial que o professor Marcos e os outros donos de jornais, tevês e rádios em Natal pagam aos seus empregados. Sou jornalista sim, com orgulho. Pesquiso comunicação na academia. E tenho um emprego que me permite liberdade e independência de posição ética, ideológica e política.

Mineiro

O deputado Fernando Mineiro divulgou este espaço, a respeito do debate intenso sobre ética no jornalismo potiguar, no seu Newsletter de hoje. Agradeço ao deputado e indico alguns textos abaixo aos leitores vindos desde o link de Mineiro. A discussão está presente em nosso blog.

O Claro e o Explicito

Pablo Capistrano

"Sou mãe, sou mulher". Ouvi essa frase diversas vezes pronunciada por Micarla de Sousa, candidata do PV à prefeitura de Natal. O que ela significa? Aparentemente seu sentido está claro, evidente. Ela diz o que Micarla é. Uma mulher, casada, mãe de dois filhos. Mas, enunciada no contexto de uma eleição de forma tão insistente, essa frase não pode ser entendida na simplicidade semântica de seus termos.

O estranho é que ela não era a única candidata a prefeito. Sua concorrente direta, a deputada Fátima Bezerra, apesar de não ser mãe, é mulher. O que significava então a frase recorrente da candidata? Qual o sentido de insinuar essas duas condições como "diferenciais" de sua campanha?


Leia mais na sua página: http://www.pablocapistrano.com.br (texto de 13.10).

Saúde

E a Saúde, recusada por Paulo Davim, pode cair no cólo de Pedro Cavalcanti.

Seresteiro quer a Semsur

O deputado Luiz Almir tenta convencer a prefeita eleita, Micarla de Sousa, a entregar ao grupo dele pasta da SEMSUR, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos.
Conhecedor da estrutura do órgão e da ligação da secretaria, principalmente com os feirantes da cidade, o deputado quer garantir um local que o ajude no projeto de reeleição. A SEMSUR seria a ideal, afinal é a que coordena todo o programa de iluminação pública, inclusive gerenciando o dinheiro arrecadado com a TIP. A taxa de Iluminação Pública.
Aliás, quem assiste o programa 60 minutos só vê Luiz Almir falando dos problemas das feiras livres de Natal.

Extraído do blog de Virgínia e Rosalie.

Então não é Semurb? Corrijo-me, então. Mas ainda temo pela Funcart e pela arte e cultura de Natal.

(Mais uma sugestão da Francisca).

Os novatos

Os novatos precisam se manifestar e afastar de si a suspeita de corrupção:

Júlia Arruda, Sargento Regina, Heráclito Noé, George Câmara (apesar de não ser bem novato), Paulo Wagner, Ranieri Barbosa, Albert Dickson, Ney Lopes Júnior, Chagas Catarino e Maurício Gurgel. Um deles recebeu a proposta - ou todos. Agora todos são suspeitos e se votarem no líder da quadrilha praticamente assumirão a culpa.

Mais compra de votos

Mais uma vez a leitora Francisca nos traz uma pauta interessante. Destaca o texto postado por Anna Ruth:

Deflagrada a negociação de votos para presidência da Câmara Municipal

Faltando pouco menos de três meses para a escolha do novo presidente da Câmara Municipal de Natal, os vereadores reeleitos e novatos já deflagraram a fase de negociações.

Já começaram a ser feitas propostas para os votos dos novatos. Um dos estreantes recebeu a sugestão de "50 mil motivos" e "outros mais motivos em garantias" caso garanta o voto no veterano.


Faltam duas informações importantes. Quem recebeu a proposta de 50 mil reais pelo seu voto? E quem ofereceu pagar? Eu tenho minhas suspeitas, principalmente quanto a quem quer pagar 50 mil para ser presidente da Câmara. Isso é atitude típica de um líder de quadrilha, apoiado pela borboleta sem conteúdo.

Por falar na quadrilha, a OAB realiza na segunda-feira próxima, em seu auditório, a partir de 17 horas uma reunião pública para discutir estratégias de ação para a sociedade civil organizada de Natal lutar contra a eleição dos seis envolvidos na Operação Impacto em quaisquer cargos da Mesa Diretora da Casa para a próxima legislatura.

Secretariado

O que já se sabe do secretariado da borboleta sem conteúdo:

O deputado seresteiro assume uma secretária (Semurb) ou a Funcart.
Anita Catalão Maia, na SEMTAS.
Paulo Davim, recusando a Saúde.
Augusto Carlos Viveiros está doido para ser indicado pelo patrão, Jajá.
Fátima Lapenda (famosa quem? onde?).
Rogério Marinho quer o seu quinhão, em troca do apoio explícito à borboleta no processo eleitoral. As garras dele já começaram a aparecer.

Além disso, a borboleta trabalha pela eleição do líder da quadrilha da Operação Impacto para um novo mandato como Presidente da Câmara. Aliás, um sujeito que além de tudo - e de já ter querido construir um discoporto em Natal - ainda compra votos aos montes a cada eleição para se manter no legislativo municipal.

Duas coisas

Duas coisas:
1) Sérgio Vilar, no seu Diário do Tempo, começou a trazer outro assunto profundamente relacionado à ética na mídia: a democratização ao acesso e produção de veículos informativos. Já tive o privilégio de debater esse tema em ricos eventos aqui em Natal e em Salvador - onde tive o privilégio de dividir uma mesa com o Waldir Pires. Talvez fosse a hora de aprofundarmos a discussão sobre ética nessa direção, na direção de uma ética socializada e universalidade.
2) Wagner Guerra, em sua matéria de ontem no JH, comprova a crítica que temos feito à postura do jornal aqui: confunde descaradamente opinião e informação, vendendo aquilo como notícia. Isso é faltar com a ética e com o contrato social que o jornal tem com seu leitor. Jornal tem opinião, ela não deve ser misturada e vendida como informação e notícia.
A desqualificação segue solta. Aliás, o texto tem uma esquizofrenia digna da borboleta. Veja só:
Título: Ivonildo Rego defende linchamento do JH em nome da “liberdade de expressão”, criticando a postura do reitor.
Subtítulo: Reitor apenas declarou que não pretende passar por cima das resoluções da direção da TVU, um subtítulo que justifica, contrapondo, o título dado à matéria. Ou vemos aqui uma tentativa de o réporter mostrar seu incômodo com o que foi obrigado a escrever (como as gravatas amarelas dos repórteres da Globo quando aquela tevê não permitia que se falasse das Diretas Já) ou a incompetência da equipe. Sei que a primeira alternativa é bem mais plausível.

P.S.: Quero destacar que a UFRN foi escolhida a melhor universidade do Nordeste. Atacá-la assim, principalmente com os ataques sendo desferidos por dois professores efetivos da universidade (Marcos e Jânio) - merece um processo administrativo contra ambos por quebra de um comportamento ético.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Wober, Kelps, Heráclito e borboleta sem conteúdo

Wober disse que o PPS é oposição à borboleta, na pessoa de Heráclito Noé: O mandato é do partido. A população escolheu onde deseja que o PPS esteja. O partido fará oposição a administração. No entanto, Kelps Lima, seu adversário no partido e que desistiu da candidatura à Câmara para coordenar a campanha da borboleta, por ser contra a candidatura de Wober, afirma que lutará pelo ingresso do delegado na base da borboleta. Certamente, na base da caneta, poder invalível dos chefes do executivo.
Diz Anna Ruth que o advogado negocia um pacote em que está incluído também o voto de Noé para a reeleição do vereador Dickson Nasser na presidência da Câmara.

A articulação de Kelps Lima é também uma resposta a Wober Júnior, já que o advogado se posicionou contra a candidatura própria do PPS à prefeito e foi a partir daí que desistiu de tentar chegar à Câmara.


Em tempo: Dickson é o mesmo que foi acusado de liderar a quadrilha da Operação Impacto, que tem como símbolo de campanha um cachimbo e que dizem as más línguas usa, como diria Jessier Quirino, o expediente de um caminhão carregado de eleitores com os votos tudo comprado. George Câmara, repercutindo uma campanha disparada pela OAB, tem justeza e razão em defender que a Câmara não eleja para a sua mesa diretora nenhum dos seis remanescentes vereadores da quadrilha impactante.

Editorial

E o JH saiu com editorial! Momento histórico.

Esse editorial nos mostrou algumas coisas.
Uma primeira é que se o professor Marcos Aurélio tivesse se atualizado e investido em sua formação acadêmica teria o mínimo de conhecimento acerca dos estudos de enquadramento, baseados na obra de Erving Goffman. Nem adianta expor para ele explicações sobre a carga valorativa (portanto, ideológica) das palavras e das escolhas por cada palavra. Ele acha que não existe ideologia e, portanto, não entende que ela nos envolve em uma realidade social construída pelos sujeitos sociais. Desse modo, por exemplo, ao escolher a palavra acordão, em vez de aliança, assume-se um significado pretendido e uma proposta ideológica, enquadrando de maneira negativa a candidatura da deputada Fátima Bezerra. Quem muito sofre com isso no dia a dia é o MST que vê suas ocupações serem valoradas ideologicamente com a palavra invasão. Isso é enquadramento. Jornais sérios do país tomam o cuidado de explicitamente afirmar que alguns termos foram utilizados por A ou B, eximindo-se da responsabilidade de enquadrar, assim, os atores sociais em cena.
Outra coisa interessante de se notar na postura do professor Marcos Aurélio é que ele tem tido coragem de afirmar em sala de aula coisas que não colocaria em seu jornal. Porque sabe que acusações sem provas valem processos, uma vez que ferem uma ética social convencionadas em códigos legais. Assim, na sexta-feira passada Marcos disse que o presidente Lula estava extremamente embriagado no comício da Zona Norte. Mas ele não tem como provar isso e, sabendo-se passível de um processo por injúria, não publica tal acusação em seu jornal. Mas, desse modo, anti-eticamente atua na formação de nossos futuros profissionais de comunicação.
A terceira coisa que eu quero destacar no editorial de hoje do JH é que Fátima Bezerra, o PT e todas as demais oposições à prefeita eleita podem ocupar o espaço que até então foi utilizado pela borboleta, já que Marcos afirma que o compromisso do JH é dar espaço às minorias, às oposições. Aliás, ele disse no Grandes Temas que o jornal dele é naturalmente oposicionista. Desse modo, acredito, era hora de o mesmo dar espaço em suas linhas e colunas a todas as críticas e oposições à futura prefeita. É hora de os derrotados na eleição assumirem a condução da pauta política do JH.
Por fim, quero dizer que não sou um blogueiro ensandecido, profissional de jornalismo que jamais conseguiria espaço em veículos de imprensa. Eu, graças a Deus, não preciso labutar no jornalismo diário e sofrer com a merreca de piso salarial que o professor Marcos e os outros donos de jornais, tevês e rádios em Natal pagam aos seus empregados. Sou jornalista sim, com orgulho. Pesquiso comunicação na academia. E tenho um emprego que me permite liberdade e independência de posição ética, ideológica e política.

De Eliana Lima

A leitora Francisca apontou a nota abaixo, lembrando que Rogério Marinho começa a cobrar a fatura da eleição da borboleta:

Aguardar...

O deputado estadual Wober Júnior (PPS), disse que fará oposição atenta e vigilante à administração da futura prefeita Micarla de Sousa...

Maaasss...o único vereador eleito pela sua legenda, Heráclito Noé, já mantém conversas com emissários da prefeita-eleita...e pode vir a ser, inclusive, um dos nomes do seu secretariado...

Em troca, o voto do vereador-delegado à reeleição de Dickson Nasser para presidente da Câmara.

Quarto poder

Sobre a questão do quarto poder: os teóricos não expoem a mídia como quarto poder em um nível que concorra com o ministério público, por exemplo.
O papel da mídia como quarto poder, inicialmente, foi visto como contraponto aos poderes estabelecidos no Estado - o que deveria incluir o próprio MP. Era o papel de cão de guarda de democracia, fiscalizando todos os atos dos poderes públicos. Algo como quer sugerir o slogan do próprio JH.
No entanto, hoje em dia gente como Thompson analisa a mídia como quarto poder por ser a instituição paradigmática do poder simbólico, que existe ao lado do poder coercitivo, do poder político e do poder econômico. Por isso, o poder de um homem como Silvio Berlusconi é imenso - ele concentra, atualmente, o fóco de todos esses poderes na Itália, como primeiro ministro e proprietário de rede de comunicação.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Complementando

Jânio viu um programa diferente do que eu vi. Talvez ele estivesse, na verdade, assistindo ao Bate Bola Mesa Redonda, na ESPN Brasil, ou ao Bem Amigos, na Sportv. No programa que eu assisti, por exemplo, Josimey e Tácito se esforçaram o tempo todo para trazerem a discussão para a questão da ética e Marcos Aurélio se esforçou por partidarizar o debate. Sérgio ainda trouxe outros pontos relacionados à temática, como o piso salarial no RN e a necessidade que têm os colegas de dividirem seu tempo entre assessorias e redações, misturando as estações. No programa que eu vi apenas Alex Galeno é petista. E, apesar disso, emitiu opiniões extremamente fundamentadas nos conceitos das ciências humanas e sociais, enquanto Marcos tentou, na sua luta por partidarizar e desqualificar o debate, afirmar suas verdades (na sua atitude de único dono da verdade, manifesta nas expressões modalizadoras: Não é assim, isso não existe, o professor Traquina está errado) fundadas unicamente no senso comum e no achismo à direita. Aliás, uma direita que adoraria encontrar a realidade do fim da história, sonho neoliberal de 1989 que tem seus últimos resquícios derrubados em nossos dias.
É tão óbvio que direita e esquerda ainda existem que nem vale a pena expor mais fraquezas do proprietário do Jornal de Hoje aqui.

P.S.: Marcos Aurélio disse umas coisas na coluna de hoje do seu jornal que podem ser respondidas ao nos lembrarmos das tantas histórias que conhecemos das orientações de pauta do JH (fazer uma matéria para atacar fulano ou defender beltrano). Relatos sobre isso já foram publicados, inclusive.
Mais uma vez ele tenta desqualificar o debate sobre ética tentando fazer dele um enfrentamento político-eleitoral. Jornalista e jornal ter lado não é problema nem é anti-ético. Mas essa não foi a postura do JH porque houve um enviesamento das matérias em favor da borboleta, não se assumiu oficialmente uma posição, mas, no entanto, colunista (s) era reconhecido marqueteiro da campanha da borboleta e o dono foi parte do círculo íntimo que comemorou sua vitória. Ali, a opinião que democraticamente tem seu lugar nos espaços públicos extravassou, anti-eticamente, para o espaço da informação, com opiniões sendo vendidas como se notícias fossem.

P.S.: Marcos disse que não houve retificação a qualquer matéria no período eleitoral. Mentira. O JH "acusou" o PC do B de participar do protesto contra a Operação Impacto, que paralisou a Rio Branco na semana da eleição. Noticiou inclusive que o partido havia incendiado o Centro da cidade, expondo uma bandeira do PCB como se fosse do PC do B. A notícia foi retificada após o presidente do partido, Antenor Roberto, visitar a redação do jornal. Retificada em termos, vale dizer, já que a nota retificadora ainda achincalhava, de forma irônica, os comunistas do PC do B.

O ladrão

Enildo Alves, tudo indica, voltará à secretaria de saúde no governo da borboleta. Tudo indica que será para terminar de limpar os cofres da SMS. Afinal, o desvio de R$ 2 mi - que certamente tentará imputar a Aparecida França- foi executado na sua gestão e descoberto pela sucessora. Além dos R$ 2 mi, Enildo podia explicar na CEI o sumiço do computador com os dados do destino do dinheiro. Antes de assumir a secretaria outra vez.
Na fauna da reserva ambiental do PV e da futura prefeitura, agora chegou a vez de colocar a raposa para cuidar do galinheiro.

Professores

Gustavo Lucena destaca a reação venal de Jânio Vidal ao debate de ontem no Grandes Temas. Jânio e Marcos Aurélio parecem iniciar uma campanha para desqualificar a UFRN, justamente quando a instituição foi escolhida a melhor universidade do Nordeste. E justamente os dois, entre os mais antigos professores da UFRN.
No Departamento de Comunicação da UFRN existe um embate camuflado entre os professores que vieram para a academia como pesquisadores (ou que aproveitaram a oportunidade para tanto, como Josimey e Graça Pinto) e aqueles que são homens de mercado - como Marcos, Jânio.
Lembro aos leitores que a fama de Jânio é que a única coisa que ele faz na UFRN é cooptar jovens e bonitas estudantes para começarem a trabalhar na frente das câmeras da TV Tropical. Não sei, porque nunca fui seu aluno. Aliás, em um semestre em que seria seu aluno, ele se licenciou por causa das eleições. Era 1996. O mais irônico é que com uma semana de aula não havíamos tido sequer um encontro com Jânio, que aparecia em nossos atestados de matrícula como nosso professor, uma equipe da emissora da Romualdo Galvão apareceu lá na sala - em um horário em que deveríamos estar em aula com Jânio - para fazer uma matéria sobre ausência de professores. Não me contive e disse à reporter que era o chefe dela que deveria estar ali dando aula.
A desqualificação que ambos possam tentar promover em seus espaços públicos não será suficiente para eliminar o óbvio ululante: Marcos Aurélio demonstrou com muita clareza ontem que, independente da questão ética de seu jornal, ele não tem capacidade teórica, conhecimento conceitual e formação acadêmica para ser professor de ética jornalística. Ele não pode ensinar algo que exige tanta profundidade de estudo na base dos achismos dos lugares-comuns que utilizou ontem no debate.
Emitir opinião é democrático. Talvez não seja ética a forma como os dois professores do Decom passaram a se referir ao seu departamento, seus colegas e sua universidade.