segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Do chefe do Decom

Acabo de ler uma entrevista do professor Newton Avelino, chefe do departamento de comunicação, sobre a polêmica envolvendo o debate sobre ética jornalística, no Substantivo Plural e no Grandes Temas.
O professor Newton foi infeliz e perdeu uma oportunidade de ficar calado. Deixou também transparecer a briga política que tem lugar no Decom entre os professores-pesquisadores titulados e os homens de mercado - aqueles que o mantém como chefe há tanto tempo.
Nas eleições desse ano o grupo de Newton se fortaleceu contra o grupo dos doutores - do qual Josimey é uma das representantes, mesmo estando hoje afastada para ser Superintendente da Comunica. Duvido que, a não ser por questões políticas, Newton defenderia como professor um sujeito que, vazio de conteúdo conceitual e teórico, é capaz de afirmar que não existe ideologia (enquanto afirma que seu jornal é um defensor intransigente da livre iniciativa de mercado), que ideologia não tem nada a ver com cultura e que Traquina estava errado. Afirmações feitas na base do achismo.
O fato é que, numa análise em cima do conteúdo conceitual e teórico, Marcos Aurélio mostrou sua fragilidade e foi engolido por Alex e Josimey, enquanto pesquisadores, e Tácito e Sérgio, como jornalistas, no debate do Grandes Temas da semana passada.
Aliás, ali haviam cinco jornalistas debatendo, vale ressaltar. Sabendo da fraqueza de sua posição, Marcos partiu para o ataque, politizando a discussão, se pondo na posição de vítima e criando a tal figura do linchamento. Faltou preparo e falta coragem de assumir as posições. E falta coragem de estudar um pouquinho, como recomenda a prática docente.
Por falar nisso, sonho com uma sociedade civil em Natal - com um DCE, um Diretório Acadêmico - que se mobilize para que um professor com conhecimento conceitual e teórico tão frágil possa ser substituído na disciplina de Ética Jornalística. É uma pena que nossos jornalistas sejam formados por alguém assim.
Aliás, se o JH fosse ético como defende traria ali, no espaço que está dedicando para atacar seus críticos, espaço para que seus críticos também se manifestem.

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