quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Duas coisas

Duas coisas:
1) Sérgio Vilar, no seu Diário do Tempo, começou a trazer outro assunto profundamente relacionado à ética na mídia: a democratização ao acesso e produção de veículos informativos. Já tive o privilégio de debater esse tema em ricos eventos aqui em Natal e em Salvador - onde tive o privilégio de dividir uma mesa com o Waldir Pires. Talvez fosse a hora de aprofundarmos a discussão sobre ética nessa direção, na direção de uma ética socializada e universalidade.
2) Wagner Guerra, em sua matéria de ontem no JH, comprova a crítica que temos feito à postura do jornal aqui: confunde descaradamente opinião e informação, vendendo aquilo como notícia. Isso é faltar com a ética e com o contrato social que o jornal tem com seu leitor. Jornal tem opinião, ela não deve ser misturada e vendida como informação e notícia.
A desqualificação segue solta. Aliás, o texto tem uma esquizofrenia digna da borboleta. Veja só:
Título: Ivonildo Rego defende linchamento do JH em nome da “liberdade de expressão”, criticando a postura do reitor.
Subtítulo: Reitor apenas declarou que não pretende passar por cima das resoluções da direção da TVU, um subtítulo que justifica, contrapondo, o título dado à matéria. Ou vemos aqui uma tentativa de o réporter mostrar seu incômodo com o que foi obrigado a escrever (como as gravatas amarelas dos repórteres da Globo quando aquela tevê não permitia que se falasse das Diretas Já) ou a incompetência da equipe. Sei que a primeira alternativa é bem mais plausível.

P.S.: Quero destacar que a UFRN foi escolhida a melhor universidade do Nordeste. Atacá-la assim, principalmente com os ataques sendo desferidos por dois professores efetivos da universidade (Marcos e Jânio) - merece um processo administrativo contra ambos por quebra de um comportamento ético.

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