quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A coragem

Marcos Aurélio de Sá está se preparando para comemorar os 11 anos de seu jornal. E teve coragem de escrever o seguinte para pedir patrocínio:

Temos convencimento de que defender a causa da liberdade econômica dos cidadãos é tarefa essencial para que nos transformemos numa sociedade verdadeiramente democrática, na qual as pessoas conquistem o sucesso pelos seus próprios méritos e se livrem da atrasada dependência de um poder público quase sempre corrompido e, muitas vezes, exercido por governantes despreparados, injustos ou descomprometidos com os interesses da sociedade(será que ele se refere à borboleta?).
Para que prossigamos nessa luta, que pelo mundo inteiro resulta sempre em desenvolvimento econômico e na melhoria da qualidade de visa (os países que mais prosperam e nos quais o povo usufrui de maiores benefícios sociais são aqueles onde prevalece a liberdade de iniciativa) (em que planeta vive Marcos Aurélio, defendendo ainda, desse modo, o funesto e falido neoliberalismo?)é indispensável, neste aniversário do jornal, a honrosa presença do anúncio de sua empresa em nossas páginas, até para que os muitos adversários da causa da livre iniciativa em nosso meio entendam que nossa linha editorial tem o respaldo firme do mercado.

As empresas que patrocinarem estarão assinando em baixo dessa defesa retrógrada e reacionária de defesa do falido sistema do capitalismo liberal.
No Grandes Temas, Marcos defendeu que existem dois tipos de jornalistas: os progressistas e os conservadores. Ele quis se colocar entre os progressistas, mas num instante em que o mundo todo louva iniciativas como o do banqueiro dos pobres em Bangladesh e dos programas de distribuição de renda no Brasil, e ainda vê uma crise global do liberalismo retomar, como avançados, os temas do bem-estar social e da intervenção do Estado na economia, conservador e atrasado é, me parece, o texto de defesa de Marcos. Parece que ele se agarra, por interesses desconhecidos, a uma utopia econômica vencida e estragada. Afinal, além de tudo, o projeto econômico gerado, na prática, numa ditadura (Pinochet) e que mais gerou desigualdade social, pobreza e miséria mundial. O mundo já entendeu isso. Só ainda não Marcos Aurélio e seu Jornal de Hoje.

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