terça-feira, 7 de outubro de 2008

Imprensa, empresa, cobras e milho

POR RODRIGO LEVINO
ESCRITOR

A vitória – assim como a morte – é pródiga em absolver canalhismos. Por isso, é provável que agora, quando o cheiro de pólvora dos fogos de artifício do êxito de Micarla de Sousa à prefeitura de Natal ainda é sentido nas ruas, alguns exemplares da espécie permaneçam incólumes na sua desonestidade. Digo, jornalistas, coleguinhas, atiradores por bem dizer. Aqueles que, com seus blogs, editorias e colunas, praticaram ao longo do último pleito um jornalismo enlameado por vícios do arco da vovó, de tão velhos, é verdade, mas renovados com um fôlego admirável.

Não bastasse ser a candidata eleita dona de uma emissora de TV e receber apoio de outra, de propriedade do principal patrocinador da sua candidatura – aonde faz alguns meses era enxotada com críticas devastadoras, justo por fazer uso do veículo para alavancar a carreira política -, formou-se no seu entorno um exército de jornalistas e formadores de opinião simpatizantes à sua candidatura, que ultrapassou os limites da simples preferência pessoal.

Convenhamos, agora protegidos pelo êxito de quem defenderam, e o ego (quando não o bolso) blindado com a vitória eloqüente das grandes “previsões” que fizeram, seguirão como se nada de grave, anti-ético e desprezível tivessem cometido. O que jamais concederá o direito da concordância ampla e irrestrita, é verdade.

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