Após minha resposta a seu texto, Eduardo voltou a escrever atacando o PT e justificando seus motivos.
O texto abaixo é mais um contraponto a suas idéias:
Minha análise sobre Micarla não é fruto de paixão.
Eu, quase doentiamente, leio todo dia o site da borboleta, buscando uma proposta que seja, uma linha de programa de governo. Só encontro uma campanha feita em estilo populista semelhante a seu pai.
Além disso, já ouvi a campanha de Micarla e ela mesma soltar umas pérolas que, para mim, só demonstram o despreparo da menina. Como ela disse no debate da Band que entrou para a política partidária porque viu que essa era a única maneira de melhorar o mundo. Ou quando ela disse que Natal foi escolhida como base americana por causa do saneamento da cidade. Ou quando beirou a estupidez e afirmou - como produzisse prova contra si mesma - que era dona da TV Ponta Negra, coisa que ela como parlamentar não pode ser.
O raciocínio silogístico é uma forma de ironizar sua falta de conteúdo concreto...
Lula foi artíficie dessa aliança. Parece que você não é capaz de perceber que a democracia ocidental se fundamenta - à exceção dos espaços do bipartidarismo - em alianças. Levou um tempo para eu ter maturidade e entender a importância das alianças no jogo político de poder eleitoral e prático. Sem alianças, nada avança. E eu acho ótimo quando se constrói um arco de aliança em que se reúnem antigos desafetos em torno de um projeto político comum. Nosso purismo, talvez, e nosso provincianismo é que não nos permite ver a realidade política concreta dos lugares. Aqui em Salvador, de onde parto amanhã, havia um retrato político claro: o carlismo e os demais. Por isso, aqui, todo mundo anda no mesmo time contra o Demo há muito tempo. Aqui tucanos, petistas, pevistas e o pessoal do PPS anda lado a lado porque o que os uniu foi uma realidade política única. Na política real e amadurecida não há espaços para purismos.
Expliquei também porque chamei a campanha da borboleta de esquizofrênica, no sentido de que não consegue ter unidade semântica no discurso que constrói sua relação com governo federal e governo do Estado.
Nunca fui petista - militante filiado. Tive minhas decepções. As maiores não foram por causa de mensalões - há muito mais coisa não dita nas imprensas em torno dessa questão -, nem por causa de alianças - já disse que meu amadurecimento político me fez esquecer o purismo (sem perder o princípio de que o DEM é o que de pior pode haver na política nacional, por razões óbvias). As maiores foram por causa da frustração de que Lula não mexeu em fundamentos de Estado e governo. Não houve uma revolução radical. Mas há de se fazer uma análise de conjuntura e perceber o que não se podia mexer nesses dias. E a mesma análise vai mostrar que muito foi feito, o que não pode ser ofuscado, portanto.
Como estudioso do jornalismo só espero que todas as nossas análises sejam acompanhadas pelo conhecimento acerca de enquadramento, espiral do silêncio e agenda-setting: o entendimento das questões referentes ao governo do PT e à construção de uma candidatura artificial sob inspiração demoníaca depende de um aprofundamento nesses tópicos. E é com fundamento nisso que eu reafirmo que Natal vai eleger alguém muito despreparado para ser qualquer coisa, se for eleita Micarla. Alguém sem conteúdo, sem proposta, sem programa que pode se converter na pior prefeita que Natal já viu. Porque somente a soberba, a arrogância e o hedonismo podem justificar postura e pensamento de Micarla.
O alvo democrático dessa aliança é afastar do cenário nacional a figura terrível de José Agripino. Só isto é razão suficiente para votar Fátima.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
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