sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Borboleta sem conteúdo

Acabou a campanha e a borboleta continua sem apresentar uma proposta ou um programa de governo, seja no seu site ou em qualquer outro espaço. Sua campanha foi a campanha do anti-discurso, relembrando o seu pai, amigo dos militares (o que lhe rendeu uma concessão de tevê), relembrando àquele que o pai chamava de bruxo, como se os eleitores do bruxo tivessem a obrigação de votarem nela, chorando, falando de seu orgulho em ser jornalista - um orgulho que é só dela, porque eu me envergonho de ter como colega de profissão alguém de formação e idéias tão fragéis e populistas quanto ela.
Acabou a campanha e meu temor pelo futuro da cidade aumenta. A cidade pode passar a ser governada por uma barbie girl, sem conteúdo, sem proposta, sem programa e, acima de tudo, aliadas aos demos comandados por José Agripino Maia. O futuro da cidade se desenha sombrio.
Reitero: com tanta preocupação com estética, futilidades (como perguntar se o internauta gostou mais de suas caminhadas ou programa eleitoral), com fotos de J.R. Duran, a borboleta parece muito mais candidata à capa da Playboy que ao Palácio Felipe Camarão. Como alguém tão futil, populista (capaz de fazer uma caminhada segurando Nossa Senhora da Aparecida) e preocupada com empostação de voz e estética vai conseguir gerir uma cidade de uma maneira pelo menos um pouco adequada aos desafios e contextos da cidade? Acho impossível. Por isso, desde já, começo a caçar borboletas, para tentar evitar uma tragédia natalense, como foi Aldo Tinoco.

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